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15/10/2005 - 17h37

EUA sofrem pressão para importar remédios contra gripe aviária

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da Efe, em Washington

Grupos de defesa do consumidor intensificaram as pressões para que o governo dos EUA permita a importação de remédios contra a gripe aviária diante do aumento do medo de uma mortal pandemia da doença.

O governo deveria permitir importações de versões genéricas de remédios já patenteados como o Tamiflu, do laboratório suíço Roche, com o objetivo de preparar o país para enfrentar o mal, disse o grupo Consumer Project on Technology.

Fontes do grupo ressaltaram que o Tamiflu é eficiente no combate ao vírus H5N1 da gripe aviária. Além disso, a indústria farmacêutica indiana disse ontem que pode produzir versões genéricas do medicamento para atender a demanda.

Em carta dirigida ao representante de Comércio Exterior dos EUA, Robert Portman, referiu-se indiretamente à falta de preparação para enfrentar uma catástrofe como a do fim de agosto por causa do furacão Katrina nos Estados de Louisiana, Mississippi e Alabama.

O governo dos EUA enfrentou pressões semelhantes depois dos atentados com a bactéria antraz, que deixaram cinco mortos, em 2001. Naquela ocasião, o então secretário de Saúde, Tommy Thompson, rejeitou autorizar a compra de versões genéricas do antibiótico Cipro, da alemã Bayer AG.

"Esta não é a última vez que vamos nos ver nesta mesma situação. Aconteceu nos últimos quatro anos", declarou James Love, diretor do Consumer Project on Technology.

No entanto, o pedido foi rejeitado pela indústria farmacêutica local, que afirma que a importação reduziria os incentivos para a pesquisa de vacinas e medicamentos com o objetivo de prevenir o que muitos setores consideram uma iminente crise de saúde.

"O trabalho que as empresas farmacêuticas dos EUA fazem é a maior esperança que existe para encontrar tratamentos adicionais e uma vacina contra a gripe aviária", disse Billy Tauzin, presidente do principal grupo de produção farmacêutica do país. "Deveriam ser estabelecidas medidas políticas para promover estes esforços, não para desestimulá-los", disse.

O medo de epidemia levou as autoridades americanas a organizarem na semana passada um encontro da Aliança Internacional contra a Gripe Aviária e Pandêmica, que reuniu em Washington representantes de mais de 80 países.

Depois, o presidente dos EUA, George W. Bush, reuniu-se com os mais altos funcionários das empresas farmacêuticas do país para pedir maior rapidez na pesquisa de vacinas e medicamentos contra a gripe aviária.

Bush disse que é cabível a possibilidade de recorrer às Forças Armadas do país para obrigar o respeito às quarentenas caso aconteçam focos isolados da gripe. Após essas declarações, o Departamento de Defesa anunciou que começaram os preparativos para o pior, com a acumulação de remédios e antivirais.

No início desta semana, uma missão integrada pelas mais altas autoridades médicas dos EUA e da Organização Mundial da Saúde (OMS) viajou ao sudeste asiático para garantir a cooperação dos países no caso de acontecer a temida epidemia.

O grupo viajou a Tailândia, Camboja, Vietnã e Laos, países que há um ano registraram o primeiro foco da epidemia, que deixou pelo menos 60 mortos.

Antes da partida da missão, o secretário de Defesa assistente para assuntos sanitários dos EUA, William Winkenwerder, disse que existe grande preocupação com a possibilidade de 'um foco maciço entre os humanos'.

De acordo com ele, os EUA desenvolvem uma vacina contra o tipo H5N1 do vírus e que o Pentágono já conta com cerca de 200 mil doses. 'No final de 2006, teremos dezenas de milhões de doses dessa vacina', afirmou.

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