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19/10/2005
-
10h02
SERGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio
A chegada da gripe aviária ao Brasil pode acontecer a qualquer momento, alertou o veterinário Clayton Gitti, professor-adjunto da Escola de Medicina Veterinária da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).
Gitti disse à Folha que é difícil prever a data em que os primeiros casos da doença surgirão no país, mas afirmou que as barreiras sanitárias, se forem montadas, serão incapazes de impedir a entrada de aves contaminadas, embora tenham importância na estratégia de combate ao problema.
O professor deu o exemplo das andorinhas, que passam pelo Rio de Janeiro vindas do Canadá, em direção à região Sul.
"Essas aves podem trazer o vírus e estabelecê-lo aqui", afirmou Gitti, acrescentando que a doença afeta tanto as aves de abate para consumo (galinhas, frangos, perus, patos, gansos e codornas, por exemplo) quanto as de produção (criadas para reproduzir).
Para o especialista, a forma mais provável de o ser humano ser contaminado é o contato direto com as aves doentes. Segundo ele, a doença também pode ser transmitida ao homem pelo suínos, mas não por bovinos ou cães.
Gitti recomenda à população que não consuma carnes cruas de aves, pois o vírus "é extremamente sensível à temperatura". Segundo ele, o vírus morre quando a carne é submetida a calor.
Os sinais físicos da doença são semelhantes aos sintomas que acometem o ser humano quando gripado. A ave fica prostrada, de cabeça baixa. Os veterinários registram ainda a presença de coriza e de uma espécie de ronco originário do peito do animal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem à Rússia, associou a ameaça de uma epidemia de gripe aviária na Europa à possibilidade de incremento na exportação de frangos para o mercado russo. Segundo o presidente, "aqui na Rússia tem gente que não está comendo mais frango por medo; vamos apresentar o franguinho brasileiro bem criado, para que [o consumidor russo] possa saber que veio do Brasil, e vai comer uma boa carne".
Os maiores Estados produtores de aves do Brasil --Paraná e Santa Catarina-- temem focos da gripe do frango no país e o impacto na exportação. Segundo produtores, o perigo está na falta de controle da importação e das barreiras nos aeroportos.
Colaboraram Fábio Victor, enviado especial a Moscou, e a Agência Folha
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A chegada da gripe aviária ao Brasil pode acontecer a qualquer momento, alertou o veterinário Clayton Gitti, professor-adjunto da Escola de Medicina Veterinária da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).
Gitti disse à Folha que é difícil prever a data em que os primeiros casos da doença surgirão no país, mas afirmou que as barreiras sanitárias, se forem montadas, serão incapazes de impedir a entrada de aves contaminadas, embora tenham importância na estratégia de combate ao problema.
O professor deu o exemplo das andorinhas, que passam pelo Rio de Janeiro vindas do Canadá, em direção à região Sul.
"Essas aves podem trazer o vírus e estabelecê-lo aqui", afirmou Gitti, acrescentando que a doença afeta tanto as aves de abate para consumo (galinhas, frangos, perus, patos, gansos e codornas, por exemplo) quanto as de produção (criadas para reproduzir).
Para o especialista, a forma mais provável de o ser humano ser contaminado é o contato direto com as aves doentes. Segundo ele, a doença também pode ser transmitida ao homem pelo suínos, mas não por bovinos ou cães.
Gitti recomenda à população que não consuma carnes cruas de aves, pois o vírus "é extremamente sensível à temperatura". Segundo ele, o vírus morre quando a carne é submetida a calor.
Os sinais físicos da doença são semelhantes aos sintomas que acometem o ser humano quando gripado. A ave fica prostrada, de cabeça baixa. Os veterinários registram ainda a presença de coriza e de uma espécie de ronco originário do peito do animal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem à Rússia, associou a ameaça de uma epidemia de gripe aviária na Europa à possibilidade de incremento na exportação de frangos para o mercado russo. Segundo o presidente, "aqui na Rússia tem gente que não está comendo mais frango por medo; vamos apresentar o franguinho brasileiro bem criado, para que [o consumidor russo] possa saber que veio do Brasil, e vai comer uma boa carne".
Os maiores Estados produtores de aves do Brasil --Paraná e Santa Catarina-- temem focos da gripe do frango no país e o impacto na exportação. Segundo produtores, o perigo está na falta de controle da importação e das barreiras nos aeroportos.
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