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26/01/2006
-
19h44
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
Não são poucas as teses que tentam explicar a mais intrigante questão da pré-história. Afinal, de que forma milhões de seres com dimensões colossais, como dinossauros e outros grandes répteis, deixaram subitamente de existir?
Boa parte dos cientistas atribui a causa da grande extinção à queda de um asteróide de 10 a 15 km de diâmetro na região de Yucatán, México, há 65 milhões de anos. Luís Alvarez, geofísico norte-americano, foi o primeiro a apresentar essa tese, em 1980.
O choque, de acordo com Alvarez, levantou poeira, vapor de água e ácido sulfúrico o bastante para impedir que a luz do Sol penetrasse na Terra durante anos. Além de provocar vulcanismos, tsunamis e incêndios. As evidências de que esse grande asteróide teria caído na mesma época em que houve um desaparecimento em massa de seres vivos reforça a hipótese.
Por outro lado, a sobrevivência em massa de tartarugas, aves e crocodilos menores destacaria uma seleção natural, como já demonstrado pelo cientista inglês Charles Darwin, em que mudanças no meio ambiente acarretam a morte daqueles que não conseguem se adaptar.
Isso sustenta outras teses. "É inegável que um asteróide atingiu a Terra no final do período Cretáceo, mas ele foi um cisco", afirma Luis Eduardo Anelli, professor-doutor do Instituto de Geociências da USP. Segundo ele, as mudanças geradas pelo asteróide são mais importantes que o choque em si.
Os dinossauros já dominavam o planeta por mais de 160 milhões de anos, tendo atingido hábitos e portes desproporcionais ao seu habitat. Aliando a isso mudanças climáticas e no ecossistema, o próximo passo, com ou sem asteróide, seria a supressão da espécie.
Um outro grupo de especialistas prefere dizer que os répteis pré-históricos se auto-aniquilaram. Com o aumento de seu porte, e a diminuição de espaço entre eles, fatalmente viria a escassez de alimentos. Aos poucos, os herbívoros morreriam, o que conseqüentemente levaria à extinção dos carnívoros.
Mudanças na vida vegetal também costumam ser apontadas como responsáveis pela morte de herbívoros, o que ocasionaria novamente uma quebra na cadeia alimentar.
Há ainda explicações não tão aceitas. Como a de que os mamíferos teriam contribuído para o entrave na reprodução dos répteis, já que se alimentavam de ovos reptilianos. Ou ainda de que uma devastadora onda de doenças e epidemias teria dizimado dinossauros, pterossauros e plesiossauros do Planeta.
Apesar de cada teoria parecer complementar outra, até hoje não há unanimidade sobre o desaparecimento dos dinossauros. Sua causa permanece um mistério tão grande quanto eles próprios.
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Fim dos dinossauros ainda é mistério para cientistas
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Não são poucas as teses que tentam explicar a mais intrigante questão da pré-história. Afinal, de que forma milhões de seres com dimensões colossais, como dinossauros e outros grandes répteis, deixaram subitamente de existir?
Boa parte dos cientistas atribui a causa da grande extinção à queda de um asteróide de 10 a 15 km de diâmetro na região de Yucatán, México, há 65 milhões de anos. Luís Alvarez, geofísico norte-americano, foi o primeiro a apresentar essa tese, em 1980.
O choque, de acordo com Alvarez, levantou poeira, vapor de água e ácido sulfúrico o bastante para impedir que a luz do Sol penetrasse na Terra durante anos. Além de provocar vulcanismos, tsunamis e incêndios. As evidências de que esse grande asteróide teria caído na mesma época em que houve um desaparecimento em massa de seres vivos reforça a hipótese.
Por outro lado, a sobrevivência em massa de tartarugas, aves e crocodilos menores destacaria uma seleção natural, como já demonstrado pelo cientista inglês Charles Darwin, em que mudanças no meio ambiente acarretam a morte daqueles que não conseguem se adaptar.
Isso sustenta outras teses. "É inegável que um asteróide atingiu a Terra no final do período Cretáceo, mas ele foi um cisco", afirma Luis Eduardo Anelli, professor-doutor do Instituto de Geociências da USP. Segundo ele, as mudanças geradas pelo asteróide são mais importantes que o choque em si.
Os dinossauros já dominavam o planeta por mais de 160 milhões de anos, tendo atingido hábitos e portes desproporcionais ao seu habitat. Aliando a isso mudanças climáticas e no ecossistema, o próximo passo, com ou sem asteróide, seria a supressão da espécie.
Um outro grupo de especialistas prefere dizer que os répteis pré-históricos se auto-aniquilaram. Com o aumento de seu porte, e a diminuição de espaço entre eles, fatalmente viria a escassez de alimentos. Aos poucos, os herbívoros morreriam, o que conseqüentemente levaria à extinção dos carnívoros.
Mudanças na vida vegetal também costumam ser apontadas como responsáveis pela morte de herbívoros, o que ocasionaria novamente uma quebra na cadeia alimentar.
Há ainda explicações não tão aceitas. Como a de que os mamíferos teriam contribuído para o entrave na reprodução dos répteis, já que se alimentavam de ovos reptilianos. Ou ainda de que uma devastadora onda de doenças e epidemias teria dizimado dinossauros, pterossauros e plesiossauros do Planeta.
Apesar de cada teoria parecer complementar outra, até hoje não há unanimidade sobre o desaparecimento dos dinossauros. Sua causa permanece um mistério tão grande quanto eles próprios.
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