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25/08/2006
-
09h00
RAFAEL GARCIA
da Folha de S.Paulo
Os livros didáticos que chegarão às escolas brasileiras no início do ano letivo em 2007 ainda não terão incluídas informações sobre o rebaixamento de Plutão. Como a alteração precisa passar por um reconhecimento formal da comunidade científica do país e ser assimilada por todos os autores, a nova classificação do ex-planeta deve ficar de fora das obras para estudantes no próximo ano, mesmo que os vestibulares já decidam cobrar o conteúdo.
"Não haveria tempo porque, para ficarem prontos na primeira semana de janeiro, os livros têm de ir para a gráfica em novembro", disse à Folha Henrique Farinha, representante da Editora Positivo, especializada em livros didáticos.
Segundo Farinha, a única maneira de contornar o problema seria lançar edições no meio do ano que vem. "Mas nenhuma editora vai querer fazer isso, porque quase não se vendem livros didáticos depois do início do período letivo", diz.
Ex-planeta, ex-país
No caso dos livros usados por escolas públicas, a burocracia para alterar conteúdo é ainda maior. As obras que seguem para esses estudantes têm de ser aprovadas pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) do Ministério da Educação, processo que leva meses. "Nenhuma editora pode alterar os textos dos livros à revelia do MEC, sob pena de multa contratual", explica Farinha.
O rebaixamento de Plutão será uma das ausências mais sentidas nos livros de ciências do ensino básico, ao lado da separação entre as repúblicas de Sérvia e Montenegro, na Europa, reconhecida em julho.
Os professores que quiserem levar o conteúdo a seus alunos terão, portanto, de se informar e se virar sozinhos.
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da Folha de S.Paulo
Os livros didáticos que chegarão às escolas brasileiras no início do ano letivo em 2007 ainda não terão incluídas informações sobre o rebaixamento de Plutão. Como a alteração precisa passar por um reconhecimento formal da comunidade científica do país e ser assimilada por todos os autores, a nova classificação do ex-planeta deve ficar de fora das obras para estudantes no próximo ano, mesmo que os vestibulares já decidam cobrar o conteúdo.
"Não haveria tempo porque, para ficarem prontos na primeira semana de janeiro, os livros têm de ir para a gráfica em novembro", disse à Folha Henrique Farinha, representante da Editora Positivo, especializada em livros didáticos.
Segundo Farinha, a única maneira de contornar o problema seria lançar edições no meio do ano que vem. "Mas nenhuma editora vai querer fazer isso, porque quase não se vendem livros didáticos depois do início do período letivo", diz.
Ex-planeta, ex-país
No caso dos livros usados por escolas públicas, a burocracia para alterar conteúdo é ainda maior. As obras que seguem para esses estudantes têm de ser aprovadas pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) do Ministério da Educação, processo que leva meses. "Nenhuma editora pode alterar os textos dos livros à revelia do MEC, sob pena de multa contratual", explica Farinha.
O rebaixamento de Plutão será uma das ausências mais sentidas nos livros de ciências do ensino básico, ao lado da separação entre as repúblicas de Sérvia e Montenegro, na Europa, reconhecida em julho.
Os professores que quiserem levar o conteúdo a seus alunos terão, portanto, de se informar e se virar sozinhos.
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