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06/03/2007
-
12h19
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
Para o climatologista Carlos Nobre, do Centro de Pesquisa do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a relação da emissão de gases de cada país com sua economia ainda procura soluções cabíveis.
Nobre abriu a série de sabatinas 2007 da Folha nesta terça-feira (6). O evento ocorre Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo.
Para sabatiná-lo, foram convidados Marcelo Leite, colunista da Folha, Claudio Angelo, editor de Ciência, Sérgio Malbergier, editor de Dinheiro, e José Eli da Veiga, coordenador do Núcleo de Economia Socioambiental da USP.
Nobre explicou que há um conflito econômico em países emergentes, que precisam atingir altas taxas de emissão para atingir seu desenvolvimento pleno.
"Se quisermos barrar o aquecimento global, alguma coisa muito forte e muito radical terá de ser feita. Agora, como você faz uma coisa radical sem interferir na vontade das populações da Índia e da China, por exemplo, que querem ter melhor qualidade de vida?", questionou.
"Não consigo ver uma solução mágica a vista", disse, "mas a taxa de emissão da China está crescendo em um padrão insustentável a longo prazo. Nisto, não tenho dúvida"
A pergunta que devemos fazer neste debate, afirma o especialista, é "qual é a faixa ética que um país pode emitir sem deixar de lado a qualidade de vida de seus habitantes?"
IPCC
Nobre é presidente do Comitê Científico do Programa Internacional da Geosfera-Biosfera (IGBP) e membro do Grupo de Trabalho 2 do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), cujo relatório sobre impactos e vulnerabilidades à mudança climática será lançado em abril.
O IPCC é a mais alta autoridade do mundo sobre aquecimento global. Foi criado em 1988 para avaliar as informações científicas disponíveis a respeito de mudanças climáticas.
O estudo do Grupo de Trabalho 1 do IPCC deixou claro que a culpa pelo aquecimento global é mesmo da humanidade e que as conseqüências serão sentidas de qualquer forma, não importa o que façamos a partir de agora. É justamente esse estudo sobre os impactos prováveis da mudança climática que será divulgado pelo Grupo de Trabalho 2 do IPCC, do qual faz parte Carlos Nobre.
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Para especialista, relação do clima com economia continua sem solução
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Para o climatologista Carlos Nobre, do Centro de Pesquisa do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a relação da emissão de gases de cada país com sua economia ainda procura soluções cabíveis.
Nobre abriu a série de sabatinas 2007 da Folha nesta terça-feira (6). O evento ocorre Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo.
Para sabatiná-lo, foram convidados Marcelo Leite, colunista da Folha, Claudio Angelo, editor de Ciência, Sérgio Malbergier, editor de Dinheiro, e José Eli da Veiga, coordenador do Núcleo de Economia Socioambiental da USP.
Nobre explicou que há um conflito econômico em países emergentes, que precisam atingir altas taxas de emissão para atingir seu desenvolvimento pleno.
"Se quisermos barrar o aquecimento global, alguma coisa muito forte e muito radical terá de ser feita. Agora, como você faz uma coisa radical sem interferir na vontade das populações da Índia e da China, por exemplo, que querem ter melhor qualidade de vida?", questionou.
"Não consigo ver uma solução mágica a vista", disse, "mas a taxa de emissão da China está crescendo em um padrão insustentável a longo prazo. Nisto, não tenho dúvida"
A pergunta que devemos fazer neste debate, afirma o especialista, é "qual é a faixa ética que um país pode emitir sem deixar de lado a qualidade de vida de seus habitantes?"
IPCC
Nobre é presidente do Comitê Científico do Programa Internacional da Geosfera-Biosfera (IGBP) e membro do Grupo de Trabalho 2 do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), cujo relatório sobre impactos e vulnerabilidades à mudança climática será lançado em abril.
O IPCC é a mais alta autoridade do mundo sobre aquecimento global. Foi criado em 1988 para avaliar as informações científicas disponíveis a respeito de mudanças climáticas.
O estudo do Grupo de Trabalho 1 do IPCC deixou claro que a culpa pelo aquecimento global é mesmo da humanidade e que as conseqüências serão sentidas de qualquer forma, não importa o que façamos a partir de agora. É justamente esse estudo sobre os impactos prováveis da mudança climática que será divulgado pelo Grupo de Trabalho 2 do IPCC, do qual faz parte Carlos Nobre.
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