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07/03/2007
-
11h35
JANAINA LAGE
da Folha de S.Paulo, no Rio
O governo do Rio assinou ontem o primeiro acordo de um Estado brasileiro com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, o Rio foi também o primeiro a aderir à nova campanha do Pnuma para o plantio de 1 bilhão de árvores no planeta.
O acordo permitirá ao Estado fazer um balanço das emissões da indústria, dos transportes e da agricultura, além de ajudar a criar de um plano de redução.
"Queremos acabar com as queimadas de cana e mudar os combustíveis dos ônibus, já que o diesel é muito poluente", disse Minc, que diz querer combater também as emissões dos 80 lixões do Estado do Rio.
O protocolo de cooperação inclui o auxílio para o desenho de estratégias institucionais para reduzir emissões, a produção de indicadores confiáveis e as informações necessárias para a formulação de políticas públicas. O prazo de vigência do protocolo é de 24 meses, mas ele pode ser prorrogado.
O Rio deve implementar um programa de reflorestamento que prevê o plantio de 10 milhões de árvores. Segundo Minc, a Petrobras se comprometeu a plantar 3,6 milhões delas ao redor do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
O governo estadual plantará 2 milhões em torno do Arco Rodoviário e 1 milhão às margens do rio Guandu. A Vale do Rio Doce plantará 1 milhão de mudas na Ilha Grande.
Apesar de não envolver grande troca de recursos, Minc diz que o protocolo de cooperação ajuda o Rio a economizar. "Há recursos por meio de acesso a softwares e técnicos. Sem esse apoio, gastaríamos uma fortuna para o balanço de emissões, o plano de redução e medidas de mitigação de emissões".
O diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, presente à assinatura do acordo, afirmou que o país está descobrindo que o problema das mudanças climáticas não se restringe apenas à Europa e aos Estados Unidos.
Ele destacou ainda que a economia deverá ser afetada pelas questões climáticas, mas que ainda é difícil prever seus efeitos. Segundo ele, o Brasil ocupa uma posição-chave para influenciar o restante do mundo.
IPCC no Rio
Quinze anos depois de reunir representantes de diversos países para discutir a questão ambiental durante a Eco-92, o Rio vai sediar a divulgação da última parte do quarto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), em outubro, disse Minc.
Trata-se de um relatório-síntese, que inclui dados sobre vulnerabilidade e mitigação.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
O governo do Rio assinou ontem o primeiro acordo de um Estado brasileiro com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, o Rio foi também o primeiro a aderir à nova campanha do Pnuma para o plantio de 1 bilhão de árvores no planeta.
O acordo permitirá ao Estado fazer um balanço das emissões da indústria, dos transportes e da agricultura, além de ajudar a criar de um plano de redução.
"Queremos acabar com as queimadas de cana e mudar os combustíveis dos ônibus, já que o diesel é muito poluente", disse Minc, que diz querer combater também as emissões dos 80 lixões do Estado do Rio.
O protocolo de cooperação inclui o auxílio para o desenho de estratégias institucionais para reduzir emissões, a produção de indicadores confiáveis e as informações necessárias para a formulação de políticas públicas. O prazo de vigência do protocolo é de 24 meses, mas ele pode ser prorrogado.
O Rio deve implementar um programa de reflorestamento que prevê o plantio de 10 milhões de árvores. Segundo Minc, a Petrobras se comprometeu a plantar 3,6 milhões delas ao redor do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
O governo estadual plantará 2 milhões em torno do Arco Rodoviário e 1 milhão às margens do rio Guandu. A Vale do Rio Doce plantará 1 milhão de mudas na Ilha Grande.
Apesar de não envolver grande troca de recursos, Minc diz que o protocolo de cooperação ajuda o Rio a economizar. "Há recursos por meio de acesso a softwares e técnicos. Sem esse apoio, gastaríamos uma fortuna para o balanço de emissões, o plano de redução e medidas de mitigação de emissões".
O diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, presente à assinatura do acordo, afirmou que o país está descobrindo que o problema das mudanças climáticas não se restringe apenas à Europa e aos Estados Unidos.
Ele destacou ainda que a economia deverá ser afetada pelas questões climáticas, mas que ainda é difícil prever seus efeitos. Segundo ele, o Brasil ocupa uma posição-chave para influenciar o restante do mundo.
IPCC no Rio
Quinze anos depois de reunir representantes de diversos países para discutir a questão ambiental durante a Eco-92, o Rio vai sediar a divulgação da última parte do quarto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), em outubro, disse Minc.
Trata-se de um relatório-síntese, que inclui dados sobre vulnerabilidade e mitigação.
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