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20/03/2007
-
10h55
da Efe, em Paris
Os desequilíbrios provocados pelo aquecimento da Terra podem levar entre 1 e 3,2 bilhões de pessoas a sofrerem com a falta de água, alertou o IPCC (Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas).
Esta será uma das conseqüências do aumento previsto de entre 2ºC e 4,5ºC da temperatura média da Terra em relação ao nível de 1990, segundo a última versão de trabalho do IPCC que será apresentada em uma conferência em Bruxelas de 2 a 5 de abril, e cujas conclusões foram adiantadas pelo jornal francês "Le Monde".
"Centenas milhões de pessoas" serão ameaçadas pelo aumento do nível do mar se o aquecimento chegar a 4ºC, e um quinto da população mundial pode sofrer com inundações, de acordo com as conclusões expressadas na minuta.
O novo trabalho seguirá ao apresentado pelo IPCC no começo de fevereiro, em Paris, sobre a magnitude das mudanças climáticas em andamento no planeta.
Os rendimentos agrícolas nas regiões de latitude média do globo podem aumentar de forma temporária em uma primeira fase, mas diminuirão de forma generalizada se o aquecimento chegar a 3ºC.
Nas áreas mais quentes, a capacidade de adaptação dos cultivos será muito limitadas, o que aumentará em até 120 milhões o número de pessoas expostas às crises de fome.
O aquecimento global causará mais mortes provocadas pelo calor, as secas, as inundações, as doenças relacionadas à água, além de provocar extinções maciças de espécies vegetais e animais e profundas alterações no funcionamento dos ecossistemas.
Os cientistas que fizeram o documento de trabalho identificam várias regiões do mundo particularmente vulneráveis, como as pequenas ilhas, sob ameaça de serem engolidas pelas águas.
Outra região em perigo é a África, tanto por ser um continente muito exposto à escassez de água e à perda de solos cultiváveis, como devido a sua baixa capacidade de adaptação. Os estuários dos rios asiáticos, que são regiões muito povoadas, também estão entre os territórios mais sensíveis.
No sul da Europa, os recursos de água podem cair significativamente, prejudicando a produção agrícola e de energia hidroelétrica e facilitando a propagação de incêndios. Já no norte do Velho Continente, o total de chuvas pode aumentar entre 10% e 20%, tornando freqüentes as inundações.
Também há várias alterações previstas para a América do Sul, como a transformação da floresta tropical em vegetação semelhante à savana.
O IPCC considera que se tornarão mais agudos fenômenos que vêm sido observados nos últimos anos, como a instabilidade dos solos de montanha e das regiões em torno dos pólos, a modificação da flora e da fauna nas áreas polares, a alta da temperatura de lagos e rios, a antecipação dos fenômenos típicos da primavera e mudanças de calendário das migrações de aves.
Os cientistas destacaram que o ritmo de aumento da temperatura da Terra dependerá das medidas que forem tomadas para limitar ou reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2). Mas mesmo se essas emissões caírem rapidamente, os benefícios só serão sentidos em várias décadas devido ao efeito acumulado da poluição passada.
Em seu relatório de fevereiro, o IPCC afirmou que a temperatura da Terra aumentará entre 1,8ºC e 4ºC até o final do século, o que se deve com uma "probabilidade muito alta" à atividade humana.
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Mudança climática pode provocar escassez de água para 3,2 bilhões
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Os desequilíbrios provocados pelo aquecimento da Terra podem levar entre 1 e 3,2 bilhões de pessoas a sofrerem com a falta de água, alertou o IPCC (Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas).
Esta será uma das conseqüências do aumento previsto de entre 2ºC e 4,5ºC da temperatura média da Terra em relação ao nível de 1990, segundo a última versão de trabalho do IPCC que será apresentada em uma conferência em Bruxelas de 2 a 5 de abril, e cujas conclusões foram adiantadas pelo jornal francês "Le Monde".
"Centenas milhões de pessoas" serão ameaçadas pelo aumento do nível do mar se o aquecimento chegar a 4ºC, e um quinto da população mundial pode sofrer com inundações, de acordo com as conclusões expressadas na minuta.
O novo trabalho seguirá ao apresentado pelo IPCC no começo de fevereiro, em Paris, sobre a magnitude das mudanças climáticas em andamento no planeta.
Os rendimentos agrícolas nas regiões de latitude média do globo podem aumentar de forma temporária em uma primeira fase, mas diminuirão de forma generalizada se o aquecimento chegar a 3ºC.
Nas áreas mais quentes, a capacidade de adaptação dos cultivos será muito limitadas, o que aumentará em até 120 milhões o número de pessoas expostas às crises de fome.
O aquecimento global causará mais mortes provocadas pelo calor, as secas, as inundações, as doenças relacionadas à água, além de provocar extinções maciças de espécies vegetais e animais e profundas alterações no funcionamento dos ecossistemas.
Os cientistas que fizeram o documento de trabalho identificam várias regiões do mundo particularmente vulneráveis, como as pequenas ilhas, sob ameaça de serem engolidas pelas águas.
Outra região em perigo é a África, tanto por ser um continente muito exposto à escassez de água e à perda de solos cultiváveis, como devido a sua baixa capacidade de adaptação. Os estuários dos rios asiáticos, que são regiões muito povoadas, também estão entre os territórios mais sensíveis.
No sul da Europa, os recursos de água podem cair significativamente, prejudicando a produção agrícola e de energia hidroelétrica e facilitando a propagação de incêndios. Já no norte do Velho Continente, o total de chuvas pode aumentar entre 10% e 20%, tornando freqüentes as inundações.
Também há várias alterações previstas para a América do Sul, como a transformação da floresta tropical em vegetação semelhante à savana.
O IPCC considera que se tornarão mais agudos fenômenos que vêm sido observados nos últimos anos, como a instabilidade dos solos de montanha e das regiões em torno dos pólos, a modificação da flora e da fauna nas áreas polares, a alta da temperatura de lagos e rios, a antecipação dos fenômenos típicos da primavera e mudanças de calendário das migrações de aves.
Os cientistas destacaram que o ritmo de aumento da temperatura da Terra dependerá das medidas que forem tomadas para limitar ou reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2). Mas mesmo se essas emissões caírem rapidamente, os benefícios só serão sentidos em várias décadas devido ao efeito acumulado da poluição passada.
Em seu relatório de fevereiro, o IPCC afirmou que a temperatura da Terra aumentará entre 1,8ºC e 4ºC até o final do século, o que se deve com uma "probabilidade muito alta" à atividade humana.
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