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05/04/2007
-
14h44
da France Presse
As mudanças climáticas ameaçam dez das regiões ou espécies consideradas como parte das maravilhas da natureza, advertiu nesta quinta-feira o WWF (Fundo Mundial para a Natureza).
"Das tartarugas aos tigres, do deserto de Chihuahua à grande Amazônia, todas estas maravilhas da natureza estão ameaçadas pela elevação das temperaturas, assim como as reservas de água doce do planeta", afirmou Lara Hansen, responsável científica do programa sobre clima do WWF, ao apresentar um estudo em Bruxelas.
O Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) divulgará nesta sexta-feira a segunda parte de seu relatório sobre as conseqüências do aquecimento global.
Entre 30% e 60% da floresta amazônica poderão se transformar em savana, indica o WWF em um estudo publicado em Paris.
O bosque valdiviano, que abrange o Chile e a Argentina, onde cresce o larício, uma pequena árvore conífera, de cor verde clara e que pode chegar a viver 3.000 anos, também está ameaçado, segundo a organização ambiental.
O deserto de Chihuahua, entre Estados Unidos e México, habitat de cerca de 3.500 plantas diferentes e de animais ameaçados (jaguar, urso negro), é outro lugar em alerta.
A Grande Barreira de Corais da Austrália pode ser extinta, pois o aumento da temperatura provoca o embranquecimento que a levaria à morte. E as tartarugas marinhas escamadas das costas sul-americanas e caribenhas também estão em perigo.
No Ártico, onde o aquecimento ocorre com o dobro da velocidade da maior parte do planeta, são os salmões do Alasca os mais ameaçados.
Na Ásia, os Sundarbans correm um grande risco. Trata-se da maior extensão do mundo de mangues, entre Índia e Bangladesh, com o famoso tigre de Bengala em seus limites.
Na China, o WWF cita a parte superior do rio Yang Tsé, o mais longo do mundo e uma das duas únicas regiões nas quais vive o urso panda em estado selvagem.
No Himalaia, que abriga mais geleiras que qualquer outra zona da Terra, à exceção dos pólos, o gelo pode se derreter a uma velocidade tal que as conseqüências seriam muito graves.
A fundação expressa sua preocupação com os bosques das costas orientais da África, do Quênia à Tanzânia e Moçambique.
"Não quero dizer que é tarde demais", ressalta Lara Hansen. "Mas, do ponto de vista da conservação, se continuarmos no caminho de um desenvolvimento desenfreado que já exerce uma pressão considerável sobre as reservas naturais, a natureza e a biodiversidade perderão a longo prazo."
"Temos uma grande parte da humanidade que tira seu sustento destas reservas", disse. "É preciso começar a pensar a partir de agora no que fazer de melhor para que tudo isto coexista".
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Mudanças climáticas ameaçam dez maravilhas da natureza, diz WWF
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As mudanças climáticas ameaçam dez das regiões ou espécies consideradas como parte das maravilhas da natureza, advertiu nesta quinta-feira o WWF (Fundo Mundial para a Natureza).
"Das tartarugas aos tigres, do deserto de Chihuahua à grande Amazônia, todas estas maravilhas da natureza estão ameaçadas pela elevação das temperaturas, assim como as reservas de água doce do planeta", afirmou Lara Hansen, responsável científica do programa sobre clima do WWF, ao apresentar um estudo em Bruxelas.
O Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) divulgará nesta sexta-feira a segunda parte de seu relatório sobre as conseqüências do aquecimento global.
Entre 30% e 60% da floresta amazônica poderão se transformar em savana, indica o WWF em um estudo publicado em Paris.
O bosque valdiviano, que abrange o Chile e a Argentina, onde cresce o larício, uma pequena árvore conífera, de cor verde clara e que pode chegar a viver 3.000 anos, também está ameaçado, segundo a organização ambiental.
O deserto de Chihuahua, entre Estados Unidos e México, habitat de cerca de 3.500 plantas diferentes e de animais ameaçados (jaguar, urso negro), é outro lugar em alerta.
A Grande Barreira de Corais da Austrália pode ser extinta, pois o aumento da temperatura provoca o embranquecimento que a levaria à morte. E as tartarugas marinhas escamadas das costas sul-americanas e caribenhas também estão em perigo.
No Ártico, onde o aquecimento ocorre com o dobro da velocidade da maior parte do planeta, são os salmões do Alasca os mais ameaçados.
Na Ásia, os Sundarbans correm um grande risco. Trata-se da maior extensão do mundo de mangues, entre Índia e Bangladesh, com o famoso tigre de Bengala em seus limites.
Na China, o WWF cita a parte superior do rio Yang Tsé, o mais longo do mundo e uma das duas únicas regiões nas quais vive o urso panda em estado selvagem.
No Himalaia, que abriga mais geleiras que qualquer outra zona da Terra, à exceção dos pólos, o gelo pode se derreter a uma velocidade tal que as conseqüências seriam muito graves.
A fundação expressa sua preocupação com os bosques das costas orientais da África, do Quênia à Tanzânia e Moçambique.
"Não quero dizer que é tarde demais", ressalta Lara Hansen. "Mas, do ponto de vista da conservação, se continuarmos no caminho de um desenvolvimento desenfreado que já exerce uma pressão considerável sobre as reservas naturais, a natureza e a biodiversidade perderão a longo prazo."
"Temos uma grande parte da humanidade que tira seu sustento destas reservas", disse. "É preciso começar a pensar a partir de agora no que fazer de melhor para que tudo isto coexista".
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