Publicidade
Publicidade
25/09/2000
-
14h10
A EPA (Agencia de Proteção do Meio Ambiente dos EUA) anunciou seu respaldo aos vegetais geneticamente modificados, na quinta-feira , e afirmou que os relatórios que alertam sobre danos a insetos não são "suficientes para causar preocupação".
A cada ano, os agricultores americanos cultivam cerca de 40 milhões de hectares com milho, batatas e algodão geneticamente alterados. O cultivo transgênico nos EUA equivale a 50% de sua produção total de milho.
Os vegetais transgênicos enfrentam rejeição na Europa e em países como o Japão. Alem disso, estudos da Universidade Cornell e da Universidade de Iowa afirmam que o milho geneticamente alterado mata as larvas da borboleta-monarca.
Mas, em seu relatório, a EPA assegurou que há pouco risco para as borboletas "além dos limites dos milharais".
A EPA baseou sua opinião no fato de que os transgênicos permitem uma economia de mais de US$ 100 milhões em pesticidas, já que as sementes contem um gene resistente ao Bacillus thuringiensis (Bt), uma das pragas do milho.
A pesquisa feita pela Universidade de Iowa, cujos resultados foram divulgados em agosto, confirmou que as larvas da borboleta-monarca que se alimentam em áreas vizinhas aos milharais morrem em proporcões elevadas.
"A Agencia concluiu", disse a EPA, "que a informação preliminar publicada sobre a toxicidade não é suficiente, neste momento, para causar preocupação excessiva sobre um risco importante para as borboletas-monarcas."
Embora a maioria dos cientistas norte-americanos apoiem os transgênicos na alimentação, muitos pesquisadores reconhecem que não há estudos de longo prazo sobre os efeitos que esses vegetais poderiam ter nos humanos.
O milho Bt (nome ligado as iniciais do bacilo) começou a ser plantado em 94 e até agora não se registrou nenhum caso de problema ligado a seu consumo por pessoas.
Anos atrás, uma variedade de soja, na qual um gene da castanha-do-pará foi incluído para reforçar o teor alimentício do grão, teve de ser retirada do mercado após descobrir-se que a soja adquirira características da castanha-do-pará que causavam alergia em certas pessoas.
Atualmente, existem variedades de tomate cuja maturação é obtida pela inclusão, nas sementes, do gene de um peixe.
Na semana passada, a empresa Kraft Foods retirou do mercado americano os tacos vendidos sob o rótulo Taco Bell, depois que testes confirmaram que eles eram produzidos com milho transgênico não aprovado para consumo humano.
Leia mais:
Taco Bell retira do mercado produtos geneticamente modificados
Milho transgênico proibido encontrado em alimentos nos EUA
Greenpeace divulga nova lista de transgênicos no Brasil
Ibama participa da liberação de transgênicos
Leia mais notícias de ciência na Folha Online
Agência do governo norte-americano anuncia apoio a transgênicos
das agências internacionaisA EPA (Agencia de Proteção do Meio Ambiente dos EUA) anunciou seu respaldo aos vegetais geneticamente modificados, na quinta-feira , e afirmou que os relatórios que alertam sobre danos a insetos não são "suficientes para causar preocupação".
A cada ano, os agricultores americanos cultivam cerca de 40 milhões de hectares com milho, batatas e algodão geneticamente alterados. O cultivo transgênico nos EUA equivale a 50% de sua produção total de milho.
Os vegetais transgênicos enfrentam rejeição na Europa e em países como o Japão. Alem disso, estudos da Universidade Cornell e da Universidade de Iowa afirmam que o milho geneticamente alterado mata as larvas da borboleta-monarca.
Mas, em seu relatório, a EPA assegurou que há pouco risco para as borboletas "além dos limites dos milharais".
A EPA baseou sua opinião no fato de que os transgênicos permitem uma economia de mais de US$ 100 milhões em pesticidas, já que as sementes contem um gene resistente ao Bacillus thuringiensis (Bt), uma das pragas do milho.
A pesquisa feita pela Universidade de Iowa, cujos resultados foram divulgados em agosto, confirmou que as larvas da borboleta-monarca que se alimentam em áreas vizinhas aos milharais morrem em proporcões elevadas.
"A Agencia concluiu", disse a EPA, "que a informação preliminar publicada sobre a toxicidade não é suficiente, neste momento, para causar preocupação excessiva sobre um risco importante para as borboletas-monarcas."
Embora a maioria dos cientistas norte-americanos apoiem os transgênicos na alimentação, muitos pesquisadores reconhecem que não há estudos de longo prazo sobre os efeitos que esses vegetais poderiam ter nos humanos.
O milho Bt (nome ligado as iniciais do bacilo) começou a ser plantado em 94 e até agora não se registrou nenhum caso de problema ligado a seu consumo por pessoas.
Anos atrás, uma variedade de soja, na qual um gene da castanha-do-pará foi incluído para reforçar o teor alimentício do grão, teve de ser retirada do mercado após descobrir-se que a soja adquirira características da castanha-do-pará que causavam alergia em certas pessoas.
Atualmente, existem variedades de tomate cuja maturação é obtida pela inclusão, nas sementes, do gene de um peixe.
Na semana passada, a empresa Kraft Foods retirou do mercado americano os tacos vendidos sob o rótulo Taco Bell, depois que testes confirmaram que eles eram produzidos com milho transgênico não aprovado para consumo humano.
Leia mais:
Leia mais notícias de ciência na Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice