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14/08/2007 - 11h10

Vírus do Nilo sofre mutação na América e se mostra mais perigoso

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da France Presse, em Paris

O vírus do Nilo Ocidental tem sofrido mutações ao chegar ao continente americano, tornando-se mais perigoso e preparado para infestar novos territórios. A informação foi divulgada em um estudo publicado pela revista "Nature".

Pesquisadores americanos afirmam na publicação ter identificado a mutação genética que faz com que a doença seja mais potente nos pássaros selvagens utilizados pelo vírus para se deslocar --e, provavelmente, também entre os humanos.

O estudo, de autoria de Aaron Brault, da Universidade da Califórnia, mostra que uma mutação similar já se verificou nas últimas epidemias do vírus, provocando diversas mortes na Europa e em Israel, entre outras localidades.

A taxa de mortalidade entre o corvo americano, particularmente sensível à doença, é de 94% ao contato com o vírus modificado, enquanto somente 31% morrem com o vírus tradicional.

O vírus do Nilo Ocidental, que leva o nome da província ugandesa onde foi detectado pela primeira vez em 1937, se desloca por meio das migrações de algumas aves. Homens e cavalos, objetivos potenciais do vírus, se contaminam pelos mosquitos infectados.

Na maioria dos casos, a infecção é benigna para o homem na Europa, mas nos Estados Unidos já causou a morte de 177 pessoas e infectou 4.200 neste ano.

A doença se manifesta por sintomas de encefalite, tremores e febre alta --que podem chegar, nos casos mais graves, a um estado de coma e provocar a morte.

No ano de 2006 já houve vários casos tanto ao norte como ao sul do continente americano. As autoridades sanitárias argentinas revelaram a existência de quatro casos, um na província de Córdoba e outros três em Chaco, porém sem mortes. Na cidade mexicana El Paso foram registrados 14 casos.

O número de infectados nos Estados Unidos quadruplicou neste ano com relação a 2006. O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, anunciou na última sexta-feira (10) o desbloqueio de US$ 900 mil para combater a propagação da doença no Estado.

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