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20/08/2001
-
21h37
O potencial das células-tronco extraídas de sangue de cordão umbilical pode ser mais bem explorado a partir da criação de bancos de sangue de cordão umbilical. Uma das principais funções desses bancos é a utilização das células-tronco no tratamento de pacientes com leucemia.
Devido à toxicidade dos medicamentos utilizados durante o tratamento da doença com drogas quimioterápicas, as células-tronco da medula óssea são destruídas. Uma maneira de contornar o problema é o transplante de medula óssea.
O doador deve ser compatível com o receptor, o que não é fácil. Para cerca de 70% dos pacientes não há doador compatível na família.
"Devido ao fato de o registro nacional de doadores ser incipiente, um brasileiro que precise de transplante de medula óssea gasta US$ 25 mil apenas para encontrar um doador compatível no registro que existe no exterior", explica Marco Antônio Zago. "Sem falar nos gastos com o tratamento em si."
Daí a importância de criar bancos de sangue de cordão umbilical no país, uma vez que esse material pode servir como fonte de células-tronco para tratar pacientes com leucemia.
Vários estudos já mostraram que essas células são menos imunorreativas do que as da medula óssea, o que permite que as chances de sucesso do transplante entre indivíduos não-aparentados sejam maiores do que as envolvidas no uso de células-tronco obtidas da medula óssea de adultos.
Além disso, com a armazenagem das células no banco, a pessoa que vier a ter uma doença degenerativa ou neurológica poderá utilizar suas próprias células para fazer o transplante, o que diminui o risco de rejeição.
"Já existem bancos desse tipo em Campinas, Rio, Curitiba, São Paulo e, agora, Ribeirão Preto. Para suprir as necessidades brasileiras, precisaríamos de 12 mil unidades de sangue de cordão umbilical. Para atingir esse número, seria preciso que se criasse uma rede nacional, interligando todos os bancos do país", explica Zago.
Segundo o pesquisador, já foi enviada ao Ministério da Saúde uma proposta de criação do banco BrasilCord. No entanto, até agora, o projeto não foi adiante. (ISABEL GERHARDT)
Leia mais
Centro estuda células-tronco de cordão umbilical
Médicos querem criar um banco para cordões umbilicais
da Folha de S.PauloO potencial das células-tronco extraídas de sangue de cordão umbilical pode ser mais bem explorado a partir da criação de bancos de sangue de cordão umbilical. Uma das principais funções desses bancos é a utilização das células-tronco no tratamento de pacientes com leucemia.
Devido à toxicidade dos medicamentos utilizados durante o tratamento da doença com drogas quimioterápicas, as células-tronco da medula óssea são destruídas. Uma maneira de contornar o problema é o transplante de medula óssea.
O doador deve ser compatível com o receptor, o que não é fácil. Para cerca de 70% dos pacientes não há doador compatível na família.
"Devido ao fato de o registro nacional de doadores ser incipiente, um brasileiro que precise de transplante de medula óssea gasta US$ 25 mil apenas para encontrar um doador compatível no registro que existe no exterior", explica Marco Antônio Zago. "Sem falar nos gastos com o tratamento em si."
Daí a importância de criar bancos de sangue de cordão umbilical no país, uma vez que esse material pode servir como fonte de células-tronco para tratar pacientes com leucemia.
Vários estudos já mostraram que essas células são menos imunorreativas do que as da medula óssea, o que permite que as chances de sucesso do transplante entre indivíduos não-aparentados sejam maiores do que as envolvidas no uso de células-tronco obtidas da medula óssea de adultos.
Além disso, com a armazenagem das células no banco, a pessoa que vier a ter uma doença degenerativa ou neurológica poderá utilizar suas próprias células para fazer o transplante, o que diminui o risco de rejeição.
"Já existem bancos desse tipo em Campinas, Rio, Curitiba, São Paulo e, agora, Ribeirão Preto. Para suprir as necessidades brasileiras, precisaríamos de 12 mil unidades de sangue de cordão umbilical. Para atingir esse número, seria preciso que se criasse uma rede nacional, interligando todos os bancos do país", explica Zago.
Segundo o pesquisador, já foi enviada ao Ministério da Saúde uma proposta de criação do banco BrasilCord. No entanto, até agora, o projeto não foi adiante. (ISABEL GERHARDT)
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