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14/09/2000
-
21h58
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Nove entidades de defesa dos direitos humanos e de minorias encaminharam hoje um documento à relatora especial da ONU (Organização das Nações Unidas) Asma Jahangir pedindo que a entidade pressione o governo brasileiro a esclarecer os atentados a bomba em São Paulo.
Segundo as entidades, o governo estadual está demorando para identificar os responsáveis pelas bombas e pelas cartas com ameaças de morte assinadas por um grupo que se autodenomina skinhead. Já o governo federal é acusado, no documento, de omissão.
O relatório relembra o atentado a bomba ocorrido em 1999, contra a Anistia Internacional em São Paulo, que ainda não foi esclarecido pela polícia. O documento também relata o envio de pacotes-bombas, na semana passada, ao funcionário da Anistia Internacional José Eduardo Bernardes da Silva e à Associação da Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgênero). A polícia investiga os casos, mas não divulgou nem retrato falado do suspeito de ter enviado os pacotes pelo
correio.
A intenção é que Asma Jahangir, relatora especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias e arbitrárias da ONU, cobre uma posição do governo federal. Segundo o documento, os ativistas da Anistia Internacional e de outras entidades _entre elas a comissão de direitos humanos da Assembléia Legislativa e da Câmara Municipal_ correm risco de morte.
De acordo com o relatório, os atentados foram comunicados ao Ministério da Justiça, que não deu nenhuma resposta oficial sobre os casos. Ontem, cerca de 200 representantes de entidades decidiram, em um ato na Câmara, montar uma comissão para acompanhar a investigação policial e fazer uma manifestação, ainda sem data marcada.
O secretário da Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi, negou, ontem, durante seminário sobre modernidade na polícia, que as investigações sobre os atentados estão sendo morosas.
"Investigações como essas não são simples. Nos Estados Unidos, o FBI demorou quase quatro anos para descobrir o Unabomber", afirmou o secretário. Ele disse que não está "angustiado" com o prazo para investigação. "O que importa é que seja bem feita." A Folha não conseguiu falar hoje com Petrelluzzi sobre o envio do documento à ONU.
Clique aqui para ler mais notícias sobre as ameaças nazistas em São Paulo
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
ONGs enviam carta à ONU sobre atentados a bomba em SP
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Nove entidades de defesa dos direitos humanos e de minorias encaminharam hoje um documento à relatora especial da ONU (Organização das Nações Unidas) Asma Jahangir pedindo que a entidade pressione o governo brasileiro a esclarecer os atentados a bomba em São Paulo.
Segundo as entidades, o governo estadual está demorando para identificar os responsáveis pelas bombas e pelas cartas com ameaças de morte assinadas por um grupo que se autodenomina skinhead. Já o governo federal é acusado, no documento, de omissão.
O relatório relembra o atentado a bomba ocorrido em 1999, contra a Anistia Internacional em São Paulo, que ainda não foi esclarecido pela polícia. O documento também relata o envio de pacotes-bombas, na semana passada, ao funcionário da Anistia Internacional José Eduardo Bernardes da Silva e à Associação da Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgênero). A polícia investiga os casos, mas não divulgou nem retrato falado do suspeito de ter enviado os pacotes pelo
correio.
A intenção é que Asma Jahangir, relatora especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias e arbitrárias da ONU, cobre uma posição do governo federal. Segundo o documento, os ativistas da Anistia Internacional e de outras entidades _entre elas a comissão de direitos humanos da Assembléia Legislativa e da Câmara Municipal_ correm risco de morte.
De acordo com o relatório, os atentados foram comunicados ao Ministério da Justiça, que não deu nenhuma resposta oficial sobre os casos. Ontem, cerca de 200 representantes de entidades decidiram, em um ato na Câmara, montar uma comissão para acompanhar a investigação policial e fazer uma manifestação, ainda sem data marcada.
O secretário da Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi, negou, ontem, durante seminário sobre modernidade na polícia, que as investigações sobre os atentados estão sendo morosas.
"Investigações como essas não são simples. Nos Estados Unidos, o FBI demorou quase quatro anos para descobrir o Unabomber", afirmou o secretário. Ele disse que não está "angustiado" com o prazo para investigação. "O que importa é que seja bem feita." A Folha não conseguiu falar hoje com Petrelluzzi sobre o envio do documento à ONU.
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