Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Folhapress | ||
Manifestante é detido durante protesto contra aumento de passagem de ônibus em Curitiba |
O protesto contra o aumento das passagens de ônibus na noite desta segunda-feira (6) terminou em quebradeira e confusão no centro de Curitiba (PR). A tarifa passou de R$ 3,70 para R$ 4,25.
Pelo menos 11 manifestantes foram detidos por vandalismo, segundo a PM. Ainda não há confirmação de quantas pessoas ficaram feridas.
O ato, convocado pelas redes sociais, começou por volta das 18h na praça 19 de dezembro. Segurando cartazes, bandeiras e faixas, o grupo saiu em caminhada pelas ruas do centro. Nas faixas foram escritas frases, como "4,25 não aceito", "não 4,25" e "se a tarifa não baixar, a cidade vai parar".
Entre os manifestantes havia pessoas com rostos cobertos que começaram a quebrar portas de bancos e estações tubo (pontos de parada de ônibus). Eles também picharam muros com frases, como "4,25 é roubo.
Policiais militares usaram bombas de efeito moral, gás pimenta e balas de borracha contra as pessoas que participavam do protesto. Nas redes sociais, a deputada estadual e ex-ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos Maria do Rosário (PT) criticou a ação da polícia.
"Tropa de choque atira em manifestantes contra aumento abusivo do ônibus que passa a R$ 4,25. Lutar é um direito", escreveu a ex-ministra.
manifestante com a perna ferida
O grupo CWB Resiste, um dos organizadores do protesto, postou o relato e fotos de um manifestante que teve as duas pernas feridas. Ele falou que estava em um cordão de isolamento feito pelo grupo para evitar que os carros invadissem a passeata.
Segundo o militante, os policiais não foram atrás dos "agitadores" que estavam depredando os bancos, mas passaram a atirar nas pessoas que estavam no cordão de isolamento.
"Neste momento eu fui atingido por uma bomba pelas costas e meus companheiros também. Fomos perseguidos e massacrados pela polícia de Greca e Beto Richa", disse, em crítica ao prefeito de Curitiba e ao governador do Estado.
Em nota, a Urbs, órgão da prefeitura responsável pelo sistema de transporte público, informou que uma cobradora foi agredida por manifestantes durante o quebra-quebra, e ônibus foram pichados.
"A Urbs entende e aceita o valor democrático das manifestações, mas considera vandalismo o que aconteceu ontem", informou a prefeitura.
O CWB Resiste afirmou que "reprimir os manifestantes é ferir a democracia", e classificou a ação da PM como uma "emboscada covarde".
"Nenhuma ação justifica a violência desmedida do corpo policial", declarou o movimento. O grupo informou que não organizou nem esteve envolvido com a quebradeira de bancos e vandalismo, e que sua função era convocar o protesto e ajudar na segurança.
Nas redes sociais, a deputada estadual e ex-ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos Maria do Rosário (PT) criticou a ação da polícia. "Tropa de choque atira em manifestantes contra aumento abusivo do ônibus que passa a R$ 4,25. Lutar é um direito", escreveu a ex-ministra.
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