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01/10/2004
-
11h21
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
O segurança Manoel Alves Tenório --que cumpria prisão temporária desde o último dia 16, acusado de envolvimento nos ataques contra moradores de rua da região central de São Paulo, ocorridos em agosto-- foi solto nesta quinta-feira por determinação da Justiça.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), a testemunha que havia reconhecido Tenório afirmou ter se confundido.
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, havia prorrogado na última sexta-feira, por mais dez dias, o período da prisão temporária do segurança.
O depoimento de um guarda civil metropolitano, sobrinho de Tenório, estaria marcado para hoje, mas o DHPP não confirmou a informação.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio e um outro segurança continuam presos acusados de envolvimento no caso.
Ataques ocorridos nos dias 19 e 22 de agosto causaram as mortes de sete moradores de rua da região central. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
Investigação
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre violência contra moradores de rua
Leia o que já foi publicado sobre suspeitas envolvendo policiais
Saiba mais sobre os ataques contra moradores de rua em SP
Polícia solta suspeito por ataques contra moradores de rua em SP
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da Folha Online
O segurança Manoel Alves Tenório --que cumpria prisão temporária desde o último dia 16, acusado de envolvimento nos ataques contra moradores de rua da região central de São Paulo, ocorridos em agosto-- foi solto nesta quinta-feira por determinação da Justiça.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), a testemunha que havia reconhecido Tenório afirmou ter se confundido.
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, havia prorrogado na última sexta-feira, por mais dez dias, o período da prisão temporária do segurança.
O depoimento de um guarda civil metropolitano, sobrinho de Tenório, estaria marcado para hoje, mas o DHPP não confirmou a informação.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio e um outro segurança continuam presos acusados de envolvimento no caso.
Ataques ocorridos nos dias 19 e 22 de agosto causaram as mortes de sete moradores de rua da região central. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
Investigação
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.
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