Publicidade
Publicidade
01/10/2004
-
18h38
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) ouviu nesta sexta-feira o depoimento de um guarda civil metropolitano, sobrinho de um segurança que foi apontado como suspeito de envolvimento nos ataques contra moradores de rua do centro de São Paulo.
A reportagem apurou que o guarda negou envolvimento no caso, e também isentou o tio. O guarda havia procurado o DHPP três vezes --a última na terça-feira. Na ocasião, o delegado responsável pelo caso não pôde atender o rapaz, mas marcou o depoimento para esta sexta.
O segurança Manoel Alves Tenório, tio do guarda, havia sido preso no dia 16 de setembro, depois de ter a prisão temporária decretada pela Justiça, foi libertado na quinta-feira (30).
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), a testemunha que havia reconhecido Tenório afirmou ter se confundido.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio e um outro segurança continuam presos acusados de envolvimento nos ataques.
As agressões, ocorridas nos dias 19 e 22 de agosto, causaram as mortes de sete moradores de rua da região central. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
Investigação
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre violência contra moradores de rua
Leia o que já foi publicado sobre suspeitas envolvendo policiais
Saiba mais sobre os ataques contra moradores de rua em SP
DHPP ouve guarda sobre mortes de moradores de rua em São Paulo
Publicidade
Editora de Cotidiano da Folha Online
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) ouviu nesta sexta-feira o depoimento de um guarda civil metropolitano, sobrinho de um segurança que foi apontado como suspeito de envolvimento nos ataques contra moradores de rua do centro de São Paulo.
A reportagem apurou que o guarda negou envolvimento no caso, e também isentou o tio. O guarda havia procurado o DHPP três vezes --a última na terça-feira. Na ocasião, o delegado responsável pelo caso não pôde atender o rapaz, mas marcou o depoimento para esta sexta.
O segurança Manoel Alves Tenório, tio do guarda, havia sido preso no dia 16 de setembro, depois de ter a prisão temporária decretada pela Justiça, foi libertado na quinta-feira (30).
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), a testemunha que havia reconhecido Tenório afirmou ter se confundido.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio e um outro segurança continuam presos acusados de envolvimento nos ataques.
As agressões, ocorridas nos dias 19 e 22 de agosto, causaram as mortes de sete moradores de rua da região central. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
Investigação
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice