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15/10/2004
-
17h12
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, prorrogou nesta sexta-feira, por mais 30 dias, o período da prisão temporária de dois policiais militares suspeitos de envolvimento nos ataques contra moradores de rua, ocorridos em agosto, no centro de São Paulo.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio cumprem prisão temporária desde o dia 16 de setembro. Além deles, um segurança cumpre, desde o dia 24 de setembro, prisão temporária de 30 dias.
A reportagem apurou que um terceiro homem foi preso, na semana passada, sob suspeita de participar de um suposto esquema de segurança clandestina que envolve os dois soldados. Ele é acusado de formação de quadrilha. A Polícia Civil ainda não estabeleceu uma ligação entre o suspeito e os ataques contra os moradores de rua.
As agressões, ocorridas nos dias 19 e 22 de agosto, causaram as mortes de sete moradores de rua da região central. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
Suspeito
Um outro suspeito de envolvimento no caso --também um segurança--, que havia sido preso em 16 de setembro, foi libertado no último dia 30.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), a testemunha que havia reconhecido o segurança Manoel Alves Tenório afirmou ter se confundido.
Segurança clandestina
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo".
No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre violência contra moradores de rua
Leia o que já foi publicado sobre suspeitas envolvendo policiais
Saiba mais sobre os ataques contra moradores de rua em SP
Justiça prorroga prisão de suspeitos por mortes de moradores de rua
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Editora de Cotidiano da Folha Online
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Rui Porto Dias, prorrogou nesta sexta-feira, por mais 30 dias, o período da prisão temporária de dois policiais militares suspeitos de envolvimento nos ataques contra moradores de rua, ocorridos em agosto, no centro de São Paulo.
Os soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio cumprem prisão temporária desde o dia 16 de setembro. Além deles, um segurança cumpre, desde o dia 24 de setembro, prisão temporária de 30 dias.
A reportagem apurou que um terceiro homem foi preso, na semana passada, sob suspeita de participar de um suposto esquema de segurança clandestina que envolve os dois soldados. Ele é acusado de formação de quadrilha. A Polícia Civil ainda não estabeleceu uma ligação entre o suspeito e os ataques contra os moradores de rua.
As agressões, ocorridas nos dias 19 e 22 de agosto, causaram as mortes de sete moradores de rua da região central. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
Suspeito
Um outro suspeito de envolvimento no caso --também um segurança--, que havia sido preso em 16 de setembro, foi libertado no último dia 30.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), a testemunha que havia reconhecido o segurança Manoel Alves Tenório afirmou ter se confundido.
Segurança clandestina
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.
Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo".
No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.
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