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15/09/2000 - 19h43

Professora é espancada em Belo Horizonte

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RANIER BRAGON
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Dois homens não-identificados espancaram e tentaram estrangular na tarde de hoje a professora E.R.M., 19, às margens de uma avenida de trânsito rápido da região noroeste de Belo Horizonte, quase na divisa com Contagem.

Esse é o segundo ataque a mulheres ocorrido na cidade, nesta semana. Na segunda-feira, uma estudante universitária de 21 anos foi atacada nas dependências da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), por um homem não-identificado até agora pela polícia.

Desde fevereiro, a polícia investiga a possibilidade da atuação de um maníaco na região noroeste da cidade, já que dez mulheres desapareceram nessa área desde o começo de 1999. Seis corpos já foram localizados, também na região noroeste, desde então.

Segundo o relato da vítima da tentativa de homicídio ocorrida hoje, um dos homens tentou abrir suas pernas, enquanto outro a estrangulava. A professora relatou à polícia que os agressores disseram a ela que iriam colocar fogo em seu corpo.

Alguns sem-teto que moram em barracos de lona e madeira montados debaixo de um viaduto próximo viram a cena e começaram a gritar por socorro.

Eles foram a uma empresa próxima e pediram que a polícia fosse chamada.

Os homens começaram a espancar a professora, mas fugiram em seguida, devido ao barulho feito pelos sem-teto.

E.R.M disse à polícia que um dos homens já havia tentado atacá-la no mês passado, nas proximidades do local onde aconteceu a tentativa de ontem. Ela afirmou desconhecer o agressor.

A professora foi atendida com alguns ferimentos e em estado de choque no hospital Santa Rita, em Contagem, mas foi liberada ontem mesmo.

Delegados da Divisão de Crimes Contra a Vida, órgão responsável pelas apurações dos casos de desaparecimentos e assassinatos de mulheres na região noroeste de BH, estiveram ontem no bairro onde a professora foi atacada e conduziram testemunhas para a delegacia, para averiguações.

Com base nos depoimentos, eles vão fazer retratos falados dos suspeitos. A única informação divulgada ontem é que um dos agressores seria conhecido pelo apelido de "Paulista".

Além da tentativa de homicídio de ontem e do ataque à estudante da UFMG, outro caso ocorrido nesta semana levanta suspeitas sobre a atuação de um maníaco em BH.

Na noite de terça-feira, foi encontrada uma ossada humana na mata do bairro Camargos, próximo à área onde a professora sofreu as agressões.

A ossada foi reconhecida por familiares como sendo da estudante Mary Ferreira da Silva, 17, desaparecida desde fevereiro, quando foi vista em uma favela de Contagem.

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