Publicidade
Publicidade
20/10/2004
-
23h32
da Folha Online
A família do dentista Flávio Ferreira Sant'Ana, assassinado por policiais militares de São Paulo em fevereiro deste ano, deve entrar nesta quinta-feira com uma ação na Justiça contra o Estado por danos materiais, morais e discriminação racial.
A ação pleiteia o pagamento de uma pensão mensal ao pai do dentista, Jonas Sant'Ana, pelo período de 37 anos --período que o dentista levaria para se aposentar.
Segundo o advogado da família, Hédio Silva Jr., a ação tem finalidade "compensatória e punitiva". "Obviamente não devolve a vida da vítima, mas busca compensar de algum modo a dor dos familiares ao mesmo tempo que pune o Estado por não preparar seus agentes para atuarem nos limites da legalidade", disse.
Morte
Para a família, o dentista foi morto por ser negro. Sant'Ana foi baleado depois de ser confundido com um ladrão. Ele dirigia seu carro quando foi abordado pelos PMs, na zona norte de São Paulo.
Os policiais disseram que uma suposta testemunha reconheceu o dentista como assaltante que teria levado seu dinheiro. Dias depois, a versão da testemunha foi desmentida na delegacia.
Depois do crime, os policiais teriam forjado provas contra o dentista, como apresentando um revólver com numeração raspada como sendo de Sant'ana.
Os sete PMs acusados de envolvimento na morte do dentista foram pronunciados pela Justiça em agosto e deverão ir a julgamento. Três deles foram pronunciados por homicídio doloso (com intenção). Os demais, por alteração da cena do crime e porte ilegal de arma.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a morte do dentista
Leia o que já foi publicado sobre casos de racismo
Leia o que já foi publicado sobre suspeitas envolvendo policiais
Família de dentista morto pela polícia de SP deve processar o Estado
Publicidade
A família do dentista Flávio Ferreira Sant'Ana, assassinado por policiais militares de São Paulo em fevereiro deste ano, deve entrar nesta quinta-feira com uma ação na Justiça contra o Estado por danos materiais, morais e discriminação racial.
A ação pleiteia o pagamento de uma pensão mensal ao pai do dentista, Jonas Sant'Ana, pelo período de 37 anos --período que o dentista levaria para se aposentar.
Segundo o advogado da família, Hédio Silva Jr., a ação tem finalidade "compensatória e punitiva". "Obviamente não devolve a vida da vítima, mas busca compensar de algum modo a dor dos familiares ao mesmo tempo que pune o Estado por não preparar seus agentes para atuarem nos limites da legalidade", disse.
Morte
Para a família, o dentista foi morto por ser negro. Sant'Ana foi baleado depois de ser confundido com um ladrão. Ele dirigia seu carro quando foi abordado pelos PMs, na zona norte de São Paulo.
Os policiais disseram que uma suposta testemunha reconheceu o dentista como assaltante que teria levado seu dinheiro. Dias depois, a versão da testemunha foi desmentida na delegacia.
Depois do crime, os policiais teriam forjado provas contra o dentista, como apresentando um revólver com numeração raspada como sendo de Sant'ana.
Os sete PMs acusados de envolvimento na morte do dentista foram pronunciados pela Justiça em agosto e deverão ir a julgamento. Três deles foram pronunciados por homicídio doloso (com intenção). Os demais, por alteração da cena do crime e porte ilegal de arma.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice