Publicidade
Publicidade
15/09/2000
-
20h54
da Folha de S.Paulo, no Rio
Promotores reunidos no Rio de Janeiro também criticam o projeto do novo Código Penal por considerar que ele permite a libertação de criminosos ainda não plenamente recuperados.
Citam, como exemplo, o caso de presos considerados portadores de doenças mentais que foram recolhidos a manicômios.
Pelo projeto, será fixado um prazo máximo para sua detenção (chamado de medida de segurança). Após esse prazo, eles podem ser libertados e, caso não estejam curados, deverão ser recolhidos a outros estabelecimentos médicos.
Hoje, o resultado do exame é determinante para a libertação de presos detidos em manicômios.
"Com isso, serão soltos detentos que ainda não estão recuperados. É um absurdo que essa pessoa seja solta sem estar curada", disse Alex Sandro Teixeira da Cruz, promotor em Santa Catarina.
Outra crítica é a concessão automática do benefício do livramento condicional depois de 20 anos de prisão, independentemente do total da pena e do tipo de regime.
O preso cumpriria em liberdade os últimos dez anos de pena _o tempo máximo para que alguém fique preso no Brasil é 30 anos.
"Isso quer dizer que um preso pode ir para a rua dez anos antes do tempo previsto. Há estudos mostrando que, com esse novo código, um criminoso como o maníaco do parque sairia da prisão aos 51, e não aos 61.
Faz muita diferença", afirmou Cruz. Francisco de Assis Pereira, conhecido como "maníaco do parque", matou pelo menos nove mulheres em São Paulo, em 1998.
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Período de detenção pode ser reduzido no Brasil
Publicidade
Promotores reunidos no Rio de Janeiro também criticam o projeto do novo Código Penal por considerar que ele permite a libertação de criminosos ainda não plenamente recuperados.
Citam, como exemplo, o caso de presos considerados portadores de doenças mentais que foram recolhidos a manicômios.
Pelo projeto, será fixado um prazo máximo para sua detenção (chamado de medida de segurança). Após esse prazo, eles podem ser libertados e, caso não estejam curados, deverão ser recolhidos a outros estabelecimentos médicos.
Hoje, o resultado do exame é determinante para a libertação de presos detidos em manicômios.
"Com isso, serão soltos detentos que ainda não estão recuperados. É um absurdo que essa pessoa seja solta sem estar curada", disse Alex Sandro Teixeira da Cruz, promotor em Santa Catarina.
Outra crítica é a concessão automática do benefício do livramento condicional depois de 20 anos de prisão, independentemente do total da pena e do tipo de regime.
O preso cumpriria em liberdade os últimos dez anos de pena _o tempo máximo para que alguém fique preso no Brasil é 30 anos.
"Isso quer dizer que um preso pode ir para a rua dez anos antes do tempo previsto. Há estudos mostrando que, com esse novo código, um criminoso como o maníaco do parque sairia da prisão aos 51, e não aos 61.
Faz muita diferença", afirmou Cruz. Francisco de Assis Pereira, conhecido como "maníaco do parque", matou pelo menos nove mulheres em São Paulo, em 1998.
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice