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02/11/2004
-
21h05
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
Uma missa foi celebrada nesta terça-feira, Dia de Finados, no cemitério Dom Bosco, em Perus (zona norte de São Paulo), onde estão enterrados cinco dos sete moradores de rua assassinados em agosto e vítimas da intervenção policial que ficou conhecida como massacre do Carandiru --quando, em 1992, 111 presos foram mortos. No mesmo cemitério há um monumento em memória aos presos políticos do regime militar, enterrados sem identificação em valas comuns.
A missa foi celebrada pelo arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, acompanhado do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral de Rua, perto do monumento. Em seguida, uma caminhada foi realizada até a sepultura dos moradores de rua --quatro homens e uma mulher.
Segundo o padre, a celebração foi marcada pela "indignação e pela solidariedade". "Ali ficou o cemitério da impunidade", disse Lancellotti, sobre os crimes que levaram à morte as pessoas enterradas no local.
Moradores de rua
O padre afirma que pedirá à prefeitura a construção no cemitério de um "memorial" para os moradores de rua, a exemplo do monumento em memória dos presos políticos.
Ele afirma que o pedido será feito à atual prefeita, Marta Suplicy (PT), e ao prefeito eleito, José Serra (PSDB).
Além disso, Lancellotti rebateu discurso de Serra, no último debate realizado com a prefeita Marta Suplicy na televisão, dia 29, quando disse que a cidade precisava de mais albergues para a população de rua.
De acordo com o padre, o modelo dos albergues está "inadequado". "[Os moradores de rua] precisam de ações alternativas, como aluguel social, repúblicas terapêuticas", afirmou à Folha Online.
Mortes
As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto na região central da cidade. Sete morreram. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
A polícia ainda não concluiu as investigações sobre o caso, que envolveria policiais militares, um esquema de segurança clandestina na região onde ocorreram os crimes e tráfico de drogas.
Especial
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Padre quer construção de memorial para moradores de rua mortos em SP
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Editora de Cotidiano da Folha Online
Uma missa foi celebrada nesta terça-feira, Dia de Finados, no cemitério Dom Bosco, em Perus (zona norte de São Paulo), onde estão enterrados cinco dos sete moradores de rua assassinados em agosto e vítimas da intervenção policial que ficou conhecida como massacre do Carandiru --quando, em 1992, 111 presos foram mortos. No mesmo cemitério há um monumento em memória aos presos políticos do regime militar, enterrados sem identificação em valas comuns.
A missa foi celebrada pelo arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, acompanhado do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral de Rua, perto do monumento. Em seguida, uma caminhada foi realizada até a sepultura dos moradores de rua --quatro homens e uma mulher.
L.C.Murauskas/Folha Imagem |
Celebração lembra moradores de rua mortos em SP |
Moradores de rua
O padre afirma que pedirá à prefeitura a construção no cemitério de um "memorial" para os moradores de rua, a exemplo do monumento em memória dos presos políticos.
Ele afirma que o pedido será feito à atual prefeita, Marta Suplicy (PT), e ao prefeito eleito, José Serra (PSDB).
Além disso, Lancellotti rebateu discurso de Serra, no último debate realizado com a prefeita Marta Suplicy na televisão, dia 29, quando disse que a cidade precisava de mais albergues para a população de rua.
De acordo com o padre, o modelo dos albergues está "inadequado". "[Os moradores de rua] precisam de ações alternativas, como aluguel social, repúblicas terapêuticas", afirmou à Folha Online.
Mortes
As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto na região central da cidade. Sete morreram. As vítimas foram golpeadas na cabeça.
A polícia ainda não concluiu as investigações sobre o caso, que envolveria policiais militares, um esquema de segurança clandestina na região onde ocorreram os crimes e tráfico de drogas.
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