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18/11/2004 - 11h17

Pescadores de Paranaguá receberão salário mínimo, diz ministro

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da Folha Online

Os pescadores de Paranaguá (PR) receberão do governo um salário mínimo por mês como garantia de sobrevivência. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro José Fritsch (Secretaria Especial da Pesca) que está na região.

Os cerca de 3.500 pescadores do local estão impedidos de trabalhar por causa do vazamento de óleo no mar com a explosão do navio Vicuña, na última segunda-feira.

Repr.TV
Reprodução de TV mostra navio que explodiu
Fritsch andou de barco e sobrevoou a região de helicóptero para analisar o dano causado pelo derramamento de óleo. Ele se reunirá depois com os pescadores locais para anunciar a ajuda.

Para receber o benefício, o pescador deverá ser cadastrado como profissional artesanal e ter, no mínimo, seis meses de registro. O dinheiro será garantido por dois meses, com possibilidade de extensão, já que a proibição da pesca é por tempo indeterminado.

Segundo a assessoria do ministro, o repasse já existe por meio de lei, que garante o dinheiro aos pescadores durante o período de reprodução --quando o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) suspende a pesca. O benefício será estendido agora aos pescadores de Paranaguá.

O ministério tentará fazer com que o dinheiro seja disponibilizado em, no máximo, 15 dias. Os recursos para indenizar os pescadores vêm do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhar). A estimativa é de que sejam gastos cerca de R$ 1,8 milhão.

A assessoria informou que o ministério reconhece que o dinheiro não é suficiente para resolver os problemas dos pescadores, e trata-se apenas de uma ajuda.

Ambiente

O óleo combustível e o metanol que vazaram do navio chileno Vicuña provocam o maior desastre ambiental no mar da região do porto de Paranaguá, segundo a Capitania dos Portos. A mancha de óleo na baía atinge cerca de 20 km de distância do navio.

O Vicuña descarregava em Paranaguá 14,26 milhões de litros de metanol quando explodiu. Foram duas explosões entre 19h30 e 20h. As causas são desconhecidas.

O acidente ocorreu quando já tinham sido bombeados para os tanques de solo da empresa Cattalini Terminais Marítimos cerca de 9 milhões de litros de metanol.

Morreram nas explosões o tripulante José Obreque Manzo, 35, e o passageiro José Carlos Sepulveda Adriasola, 51 (que representava o armador). Estão desaparecidos o tripulante Ronald Francisco Pena Rios e o segundo passageiro, Alfredo Omar Vidal (representante de uma empresa classificadora).

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