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19/11/2004
-
01h43
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
Os dois brasileiros presos nos Estados Unidos desde o mês passado, quando disseram a agentes do aeroporto de Miami que possuíam uma bomba na mala, poderão cumprir prisão domiciliar enquanto aguardam o julgamento.
No entanto, para isso, a Justiça de Imigração estabeleceu que seja feito um depósito em dinheiro como garantia de que cumprirão as determinações.
O paraibano Mizael Cabral, 29, e o carioca Daniel Correa, 27, respondem a dois processos distintos: um diz respeito a crime federal (falsa informação de bomba) e outro à lei de imigração.
O valor fixado para Cabral foi de US$ 15 mil. Já para Correa, cuja mãe tem cidadania norte-americana e vive em Miami, o valor fixado foi de US$ 5 mil.
No último dia 10, pouco depois de um juiz norte-americano autorizar a chamada liberdade vigiada para os amigos, o serviço de imigração determinou a detenção dos brasileiros por estarem em situação irregular no país.
Segundo o cônsul do Brasil em Miami, João Almino, a nova decisão foi conhecida em audiência ocorrida na manhã desta quinta-feira. Ele afirma que o governo poderia ter recorrido da decisão, o que não ocorreu até o final do dia.
O cônsul afirmou à Folha Online que o valor é devolvido integralmente após o julgamento.
Após o pagamento, os brasileiros deverão ficar na casa de Hilda Patton, mãe de Correa. A reportagem não conseguiu localizar, na noite desta quinta-feira, familiares dos brasileiros.
Bagagem
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o segurança resolveu revistar a bagagem de Cabral após passar no raio X. "Você já encontrou a bomba na mala?", teria dito o rapaz. Segundo o governo norte-americano, Correa completou: "Se abrir a mala, ela explodirá".
O fato --um mal-entendido ou uma brincadeira-- levou a dupla, inicialmente, para uma prisão federal. Nesta semana, eles foram transferidos para um centro de detenção de imigrantes, com regime menos rígido.
Os familiares dos rapazes afirmam que eles trabalham com pranchas de surfe e carregavam uma bomba de sucção. Em inglês, o termo correto para o aparelho é "pump". No entanto, de acordo com familiares, eles se enganaram e disseram "bomb", o que significa bomba explosiva.
No dia 10, na mesma audiência que autorizou prisão domiciliar para os dois, a Justiça estabeleceu pena máxima de seis meses de prisão para os brasileiros.
No entanto, a data dos julgamentos ainda não foram confirmadas.
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Leia o que já foi publicado sobre brasileiros presos nos EUA
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Editora de Cotidiano da Folha Online
Os dois brasileiros presos nos Estados Unidos desde o mês passado, quando disseram a agentes do aeroporto de Miami que possuíam uma bomba na mala, poderão cumprir prisão domiciliar enquanto aguardam o julgamento.
No entanto, para isso, a Justiça de Imigração estabeleceu que seja feito um depósito em dinheiro como garantia de que cumprirão as determinações.
O paraibano Mizael Cabral, 29, e o carioca Daniel Correa, 27, respondem a dois processos distintos: um diz respeito a crime federal (falsa informação de bomba) e outro à lei de imigração.
O valor fixado para Cabral foi de US$ 15 mil. Já para Correa, cuja mãe tem cidadania norte-americana e vive em Miami, o valor fixado foi de US$ 5 mil.
No último dia 10, pouco depois de um juiz norte-americano autorizar a chamada liberdade vigiada para os amigos, o serviço de imigração determinou a detenção dos brasileiros por estarem em situação irregular no país.
Segundo o cônsul do Brasil em Miami, João Almino, a nova decisão foi conhecida em audiência ocorrida na manhã desta quinta-feira. Ele afirma que o governo poderia ter recorrido da decisão, o que não ocorreu até o final do dia.
O cônsul afirmou à Folha Online que o valor é devolvido integralmente após o julgamento.
Após o pagamento, os brasileiros deverão ficar na casa de Hilda Patton, mãe de Correa. A reportagem não conseguiu localizar, na noite desta quinta-feira, familiares dos brasileiros.
Bagagem
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o segurança resolveu revistar a bagagem de Cabral após passar no raio X. "Você já encontrou a bomba na mala?", teria dito o rapaz. Segundo o governo norte-americano, Correa completou: "Se abrir a mala, ela explodirá".
O fato --um mal-entendido ou uma brincadeira-- levou a dupla, inicialmente, para uma prisão federal. Nesta semana, eles foram transferidos para um centro de detenção de imigrantes, com regime menos rígido.
Os familiares dos rapazes afirmam que eles trabalham com pranchas de surfe e carregavam uma bomba de sucção. Em inglês, o termo correto para o aparelho é "pump". No entanto, de acordo com familiares, eles se enganaram e disseram "bomb", o que significa bomba explosiva.
No dia 10, na mesma audiência que autorizou prisão domiciliar para os dois, a Justiça estabeleceu pena máxima de seis meses de prisão para os brasileiros.
No entanto, a data dos julgamentos ainda não foram confirmadas.
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