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19/11/2004
-
10h37
da Folha Online
Cerca de 300 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, participam de um ato público para marcar os três meses dos ataques contra moradores de rua no centro da cidade de São Paulo. Sete morreram.
O ato começou na praça da Sé. Os manifestantes seguiram para a Secretaria da Segurança Pública, também no centro da cidade.
Segundo o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral de Rua --uma das entidades envolvidas no ato--, os manifestantes deverão entregar um documento com propostas sobre segurança para os moradores de rua.
Padre Júlio disse que propostas para melhorar a situação dos moradores de rua também serão passadas para o prefeito eleito, José Serra (PSDB). "Os moradores de rua merecem respeito e cuidado", disse o padre.
Inquérito
O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) relatou à Justiça o inquérito que apura as mortes de sete moradores de rua ocorridas em agosto no centro de São Paulo. Com isso, nos próximos dias, o Ministério Público deve acusar formalmente três suspeitos --dois deles são policiais militares.
Na semana passada, o juiz Rui Porto Dias, do 1º Tribunal do Júri, decretou a prisão preventiva dos soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio, que cumpriam prisão temporária desde o dia 16 de setembro.
O terceiro suspeito é Francisco Luiz dos Santos, que também teve a prisão preventiva solicitada.
Mortes
As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto. Sete morreram, todos golpeadas na cabeça. Outros oito ficaram feridos.
Para a polícia, os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". Porém, outros moradores de rua também teriam sido atacados para prejudicar as investigações.
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Ato contra mortes de moradores de rua reúne 300, diz PM
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Cerca de 300 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, participam de um ato público para marcar os três meses dos ataques contra moradores de rua no centro da cidade de São Paulo. Sete morreram.
O ato começou na praça da Sé. Os manifestantes seguiram para a Secretaria da Segurança Pública, também no centro da cidade.
Segundo o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral de Rua --uma das entidades envolvidas no ato--, os manifestantes deverão entregar um documento com propostas sobre segurança para os moradores de rua.
Padre Júlio disse que propostas para melhorar a situação dos moradores de rua também serão passadas para o prefeito eleito, José Serra (PSDB). "Os moradores de rua merecem respeito e cuidado", disse o padre.
Inquérito
O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) relatou à Justiça o inquérito que apura as mortes de sete moradores de rua ocorridas em agosto no centro de São Paulo. Com isso, nos próximos dias, o Ministério Público deve acusar formalmente três suspeitos --dois deles são policiais militares.
Na semana passada, o juiz Rui Porto Dias, do 1º Tribunal do Júri, decretou a prisão preventiva dos soldados Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio, que cumpriam prisão temporária desde o dia 16 de setembro.
O terceiro suspeito é Francisco Luiz dos Santos, que também teve a prisão preventiva solicitada.
Mortes
As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto. Sete morreram, todos golpeadas na cabeça. Outros oito ficaram feridos.
Para a polícia, os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". Porém, outros moradores de rua também teriam sido atacados para prejudicar as investigações.
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