Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/11/2004 - 18h48

Justiça revoga prisão de suspeitos de matar moradores de rua

Publicidade

LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online

No mesmo dia em que um ato foi realizado para marcar os três meses das mortes de sete moradores de rua da região central de São Paulo, o juiz Rui Porto Dias, do 1º Tribunal do Júri, revogou a prisão de três suspeitos de envolvimento nos ataques.

Na semana passada, o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) relatou à Justiça o inquérito que apura os ataques.

O Ministério Público alegou que, por falta de provas, não pôde apresentar denúncia (acusação formal) contra os suspeitos --dois deles policiais militares-- e se manifestou pela soltura dos três.

Também na semana passada, o mesmo juiz havia decretado a prisão preventiva dos soldados da Polícia Militar Marcos Martins Garcia e Jayner Aurélio Porfírio, que cumpriam prisão temporária desde o dia 16 de setembro. O terceiro suspeito é Francisco Luiz dos Santos, que cumpre prisão temporária.

Porém, os PMs não deverão sair da cadeia porque são réus em um processo de formação de quadrilha, que apura outros crimes supostamente praticados por eles. Apenas Santos deverá ser solto.

Mortes

As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto. Sete morreram, todos golpeadas na cabeça. Outros oito ficaram feridos.

Para a polícia, os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". Porém, outros moradores de rua também teriam sido atacados para prejudicar as investigações.

Ato

Cerca de 300 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, participam de um ato público para marcar os três meses dos ataques contra moradores de rua no centro.

O ato começou na praça da Sé. Depois, os manifestantes seguiram para a Secretaria da Segurança Pública, também no centro da cidade.

Segundo o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral de Rua --uma das entidades envolvidas no ato--, os manifestantes deverão entregar um documento com propostas sobre segurança para os moradores de rua.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre violência contra moradores de rua
  • Leia o que já foi publicado sobre suspeitas envolvendo policiais
  • Saiba mais sobre os ataques contra moradores de rua em SP
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página