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22/11/2004 - 22h30

Justiça arquiva inquérito sobre queda de helicóptero do Pão de Açúcar

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FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos

A Justiça de São Sebastião (214 km a leste de São Paulo) arquivou o inquérito que investigou o acidente envolvendo um helicóptero do grupo Pão de Açúcar, que caiu no mar no dia 27 de julho de 2001 próximo à praia de Maresias, no litoral norte.

A decisão é do juiz da 2ª Vara Criminal da cidade, Luiz Antônio Carrer, e atende ao parecer do promotor Fernando Cezar Bourgogne de Almeida.

Na avaliação do promotor, o resultado da investigação policial isenta de qualquer responsabilidade pela queda do helicóptero os dois sobreviventes, o empresário João Paulo Diniz e o co-piloto da aeronave, Luiz Roberto de Araújo Cintra.

Morreram no acidente o piloto do helicóptero, Ronaldo Jorge Ribeiro, 43, e a modelo Fernanda Vogel, 20, namorada de Diniz. A decisão judicial também inocenta Diniz e Cintra de omitir socorro às duas vítimas --o piloto e a modelo sobreviveram ao choque com o mar, mas morreram afogados enquanto tentavam nadar até a praia.

"Pelos elementos colhidos durante o inquérito cheguei à conclusão de que nenhum dos dois sobreviventes cometeu qualquer tipo de crime, como imprudência, imperícia ou omissão. Por isso pedi o arquivamento do inquérito, o que foi acatado pelo juiz", disse nesta segunda-feira o promotor.

De acordo com Almeida, a investigação policial sobre o caso foi finalizada e entregue a ele apenas em setembro passado. Depois da análise dos documentos, o parecer pedindo o arquivamento foi enviado ao juiz, que proferiu a decisão no último dia 28.

Queda

No dia do acidente, o helicóptero havia deixado São Paulo com destino a Maresias. Pouco antes de chegar ao local, a aeronave caiu no mar, a cerca de três quilômetros da praia. No momento da queda, a região registrava ventos entre 25 km/h e 40 km/h, provocados por um ciclone.

Segundo relato dos sobreviventes, os quatro ocupantes conseguiram sair do helicóptero e tentaram nadar juntos em direção à praia. Durante a travessia, todos teriam se afastado devido à escuridão e ao mar agitado.

Um laudo produzido pelo DAC (Departamento de Aviação Civil), com base em análise dos destroços, apontou que o helicóptero voava em perfeitas condições mecânicas e com todas as inspeções obrigatórias em dia, descartando assim a hipótese de falha mecânica.

Em seus depoimentos à polícia, tanto Diniz quanto Cintra relataram ter ouvido um barulho pouco antes do choque com o mar. O co-piloto chegou a afirmar que houve falha mecânica. De acordo com a Aeronáutica o helicóptero não tinha coletes salva-vidas.

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