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18/09/2000
-
15h58
FABIANE LEITE
da Folha Online
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo deve ouvir novamente os envolvidos em denúncia do delegado Romeu Tuma Júnior, feita em abril deste ano, sobre irregularidades no depoimento prestado à polícia pelo ex-secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo, Carlos Augusto Meinberg, atual secretário da Administração.
A denúncia começou a ser apurada no fim de abril. Foi dado prazo de trinta dias para os trabalhos. O prazo, no entanto, vem sendo renovado e as apurações já ocorrem há mais de quatro meses.
"Devo ouvir todo mundo de novo. Ele prestaram depoimento em um momento de choque", afirmou o delegado Pedro Herbella, responsável pela investigação. Para ele, é necessário verificar se as acusações serão confirmadas.
Tuma Júnior, que é filho do candidato à Prefeitura de São Paulo Romeu Tuma (PFL), e atualmente comanda a seccional de polícia de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, afirmou que a diretoria de uma das divisões da Polícia Civil fez pressão pelo arquivamento dos inquéritos que envolviam Meinberg.
O delegado era responsável pela DRD (Divisão de Registros Diversos) e se afastou das investigações sobre a prefeitura no dia em que ouviria Meinberg, 15 de abril.
Primeiro, Tuma Júnior e a Secretaria de Segurança Pública informaram que o afastamento ocorria por causa da candidatura de Tuma.
Tuma Júnior, alguns dias depois, no entanto, desmentiu sua primeira versão, dizendo que deixava a investigação porque houve pressão por parte da diretoria do Dird (Departamento de Identificação e Registros Diversos), comandado pelo delegado Jorge Miguel, para favorecer Meinberg.
De acordo com Tuma Júnior, Meinberg possivelmente seria indiciado por prevaricação e corrupção. Ele é suspeito, por exemplo, de participar de indicação de funcionários fantasmas e de suposta compra de votos de vereadores. O secretário acabou sendo ouvido, posteriormente, pelo delegado Maurício Correali, da equipe de Tuma Júnior. Não foi indiciado e elogiou o trabalho da polícia.
Tuma Júnior diz ter sido informado de que o delegado Correali foi interrompido várias vezes durante o depoimento de Meinberg, com pedidos de acelerar seu encerramento. "Soube, inclusive, que pediram para ele acabar logo com esse inquérito, pedindo arquivamento à Justiça", disse Tuma Júnior na época.
Correali não quis comentar o assunto e acabou sendo transferido, com outros dois colegas que também eram da equipe de Tuma Júnior, para a 6ª delegacia seccional, na região sudoeste.
A diretoria do Dird negou qualquer pressão para favorecer Meinberg. O secretário também negou haver irregularidade em seu depoimento.
Logo após a denúncia, a Secretaria de Segurança Pública determinou a abertura de uma sindicância para apurar o caso. Em poucos dias, foram ouvidos Tuma Júnior, Correali e Miguel. Segundo o delegado que investiga o caso, a corregedoria ainda não conseguiu ouvir o promotor Roberto Porto, que acompanhou o depoimento.
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Corregedoria deve ouvir de novo envolvidos em denúncia de Tuma Jr.
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A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo deve ouvir novamente os envolvidos em denúncia do delegado Romeu Tuma Júnior, feita em abril deste ano, sobre irregularidades no depoimento prestado à polícia pelo ex-secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo, Carlos Augusto Meinberg, atual secretário da Administração.
A denúncia começou a ser apurada no fim de abril. Foi dado prazo de trinta dias para os trabalhos. O prazo, no entanto, vem sendo renovado e as apurações já ocorrem há mais de quatro meses.
"Devo ouvir todo mundo de novo. Ele prestaram depoimento em um momento de choque", afirmou o delegado Pedro Herbella, responsável pela investigação. Para ele, é necessário verificar se as acusações serão confirmadas.
Tuma Júnior, que é filho do candidato à Prefeitura de São Paulo Romeu Tuma (PFL), e atualmente comanda a seccional de polícia de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, afirmou que a diretoria de uma das divisões da Polícia Civil fez pressão pelo arquivamento dos inquéritos que envolviam Meinberg.
O delegado era responsável pela DRD (Divisão de Registros Diversos) e se afastou das investigações sobre a prefeitura no dia em que ouviria Meinberg, 15 de abril.
Primeiro, Tuma Júnior e a Secretaria de Segurança Pública informaram que o afastamento ocorria por causa da candidatura de Tuma.
Tuma Júnior, alguns dias depois, no entanto, desmentiu sua primeira versão, dizendo que deixava a investigação porque houve pressão por parte da diretoria do Dird (Departamento de Identificação e Registros Diversos), comandado pelo delegado Jorge Miguel, para favorecer Meinberg.
De acordo com Tuma Júnior, Meinberg possivelmente seria indiciado por prevaricação e corrupção. Ele é suspeito, por exemplo, de participar de indicação de funcionários fantasmas e de suposta compra de votos de vereadores. O secretário acabou sendo ouvido, posteriormente, pelo delegado Maurício Correali, da equipe de Tuma Júnior. Não foi indiciado e elogiou o trabalho da polícia.
Tuma Júnior diz ter sido informado de que o delegado Correali foi interrompido várias vezes durante o depoimento de Meinberg, com pedidos de acelerar seu encerramento. "Soube, inclusive, que pediram para ele acabar logo com esse inquérito, pedindo arquivamento à Justiça", disse Tuma Júnior na época.
Correali não quis comentar o assunto e acabou sendo transferido, com outros dois colegas que também eram da equipe de Tuma Júnior, para a 6ª delegacia seccional, na região sudoeste.
A diretoria do Dird negou qualquer pressão para favorecer Meinberg. O secretário também negou haver irregularidade em seu depoimento.
Logo após a denúncia, a Secretaria de Segurança Pública determinou a abertura de uma sindicância para apurar o caso. Em poucos dias, foram ouvidos Tuma Júnior, Correali e Miguel. Segundo o delegado que investiga o caso, a corregedoria ainda não conseguiu ouvir o promotor Roberto Porto, que acompanhou o depoimento.
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