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18/09/2000 - 19h26

Chuva mata três e deixa 9.500 desabrigados em Recife

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

Pelo menos três pessoas morreram e cerca de 9.500 ficaram desabrigadas em consequência das chuvas que atingiram nos últimos três dias a região metropolitana de Recife e Zona da Mata sul de Pernambuco.

Segundo a Defesa Civil, 33 pessoas já morreram este ano no Estado em razão das chuvas. A tragédia de ontem foi a segunda provocada por temporais em menos de dois meses.

No início de agosto, 22 pessoas morreram e 59 mil perderam suas casas devido às cheias e deslizamentos ocorridos no Estado.

Na época, a Zona da Mata foi a região mais castigada. Desta vez, a pior situação foi registrada na região metropolitana. Dos 9.500 desabrigados, cerca de 7.000 moram no Grande Recife.

Só em Jaboatão dos Guararapes, informou a Defesa Civil, a chuva desabrigou cerca de 5.000 pessoas. A maior parte foi atingida pela cheia do rio Jaboatão.

O curso d'água transbordou e alagou ruas e avenidas. Amaro José da Silva, 52, e Maria do Carmo Cabral, 47, foram arrastados pela correnteza e se afogaram.

A outra morte foi de um bebê de três meses, Falcle Maria da Silva. A criança morreu soterrada. A casa onde ela morava, no município de Belém de Maria, na Zona da Mata, desmoronou com a queda de uma barreira.

Segundo o chefe da divisão de operações da Defesa Civil do Estado, major Hélder Carlos da Silva, 51 ocorrências haviam sido registradas até as 17h de ontem. Desse total, 16 se referiam a deslizamento de morros.

Na BR-101, houve congestionamento em consequência da queda de uma barreira entre Recife e Cabo de Santo Agostinho. No km 82 da rodovia, as águas do rio Jaboatão invadiram as pistas.

Os desabrigados, disse o major, estão sendo cadastrados e alojados em abrigos provisórios. Assim como as outras 32 mil vítimas de enchentes anteriores que ainda estão sendo atendidas, "todos receberão alimentos, roupas e colchões", afirmou.

De acordo com a Defesa Civil, deve voltar a chover hoje na região litorânea do Estado. Em Recife, choveu 90 mm no fim-de-semana. Em Sirinhaém, o índice foi de 174 mm. Cada milímetro de chuva equivale à queda de um litro de água sobre uma superfície plana de um metro quadrado.

Em Alagoas, as fortes chuvas que atingiram o Estado no final de semana voltaram a deixar isolados alguns municípios.

Muitas pontes que foram construídas para substituir provisoriamente as originais (danificadas com as chuvas de julho e agosto) acabaram destruídas neste final de semana.

O tenente Paulo Sérgio Lins diz que desde o início de agosto a Defesa Civil Estadual mantém estado de alerta para 27 municípios do litoral norte.

O Núcleo de Meteorologia de Alagoas prevê que as chuvas continuem hoje.
O volume pluviométrico acumulado de 1º a 16 de setembro é de 110 mm no litoral. O índice supera a média de setembro para a região, que é de 90,4 mm.

Sul

O oeste e o meio-oeste de Santa Catarina continuam sendo castigados pelas intensas chuvas que atingem a região desde a semana passada.

De acordo com a Defesa Civil estadual, 12 municípios decretaram situação de emergência, mas não há desabrigados no Estado.

Com a situação de emergência, a prefeitura pode adquirir materiais sem necessidade de abrir licitação, para atendimentos urgentes.

Em Águas de Chapecó, um trecho da rodovia SC-283 está interditado. Segundo o Climerh (Centro de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina), o oeste catarinense deve apresentar chuva fraca nos próximos dias, mas não há previsão de tempestades.

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