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02/12/2004
-
18h57
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
O zagueiro do Flamengo Raimundo Ferreira Ramos Junior, 34, conhecido como Júnior Baiano, foi intimado a depor com urgência em um inquérito que investiga uma facção criminosa, chamada 5ª Elite RN, acusada de traficar drogas na região de Feira de Santana (BA), cidade natal do jogador.
A determinação partiu do juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, da Vara de Tóxicos, que acatou um pedido do Ministério Público para interrogar o atleta, entre outros moradores da cidade, antes do julgamento do processo, que aconteceria em poucos dias.
Segundo informações da Vara do Júri, Júnior Baiano foi mencionado nos depoimentos, prestados em juízo, de dois dos 12 réus envolvidos no caso. Além disso, grande parte das informações que compõem o processo teriam sido obtidas por meio de interceptações telefônicas. O jogador também teria sido mencionado, por interlocutores, durante estas conversas.
Os 12 denunciados respondem por acusações de tráfico de drogas, associação para o tráfico e formação de quadrilha. Dentre eles, sete estão presos e quatro, sendo dois ex-policiais militares, continuam foragidos.
Procurado pela Folha Online, o delegado-titular da cidade, Aldacir Ferreira, recusou-se a comentar o caso alegando que ele corre em segredo de justiça. No entanto, segundo a Vara do Júri, o processo foi aberto depois que o juiz considerou as investigações concluídas e aceitou o pedido de prisão dos réus.
Suspeitas
Um dos réus que teria mencionado Júnior Baiano é o policial militar Silton do Nascimento Dória, que está em liberdade. Em seu depoimento, ele teria dito que recebeu um Golf do jogador como presente.
Segundo a Vara do Júri, no início do ano, Silton havia sido preso por porte ilegal de armas, com um exemplar de numeração raspada. Por isso, não teve sua prisão preventiva decretada, junto com os demais denunciados, em fevereiro. Pouco depois, ele foi posto em liberdade.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública da Bahia para saber se Silton não poderia ter sido exonerado, mas não obteve resposta.
Dois irmãos de Silton, que são ex-policiais militares, Sidney e Sérgio do Nascimento Dória, também são réus no processo, mas estão foragidos.
A segunda menção ao zagueiro teria partido do aspirante a vereador Gérson Andrade Gonçalves, preso desde o início do ano. Suas declarações dão conta que Júnior Baiano doou R$ 500 para sua campanha eleitoral, encerrada por ocasião de sua prisão.
Outro lado
Em nota publicada em seu site oficial, o Clube Regatas do Flamengo repudiou as acusações contra Júnior Baiano e informou que, durante os treinos ocorridos na manhã desta quinta-feira, ele desmentiu seu suposto envolvimento com o tráfico. "Não dei carro a ninguém. Isso não é verdade", disse.
Segundo transcrição publicada no site, o jogador admite que conhece os acusados "desde a infância", mas afirma que "não é porque uma pessoa faz coisas erradas que eu vou dizer que não as conheço".
Flamengo
O sócio grande-benemérito Michel Assef, que é advogado do clube, foi acionado e irá acompanhar o caso. Na próxima segunda-feira, ele irá à Bahia para tentar esclarecer o caso. O jogador, possivelmente, o acompanhará.
Segundo Assef, por telefone, um policial da delegacia do município baiano informou que "está gravada uma conversa entre duas pessoas, mas nada que possa incriminar o Junior Baiano por envolvimento com traficantes ou com uma facção criminosa daquela cidade".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Júnior Baiano
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Justiça intima Júnior Baiano a depor em processo de tráfico de drogas
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da Folha Online
O zagueiro do Flamengo Raimundo Ferreira Ramos Junior, 34, conhecido como Júnior Baiano, foi intimado a depor com urgência em um inquérito que investiga uma facção criminosa, chamada 5ª Elite RN, acusada de traficar drogas na região de Feira de Santana (BA), cidade natal do jogador.
A determinação partiu do juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, da Vara de Tóxicos, que acatou um pedido do Ministério Público para interrogar o atleta, entre outros moradores da cidade, antes do julgamento do processo, que aconteceria em poucos dias.
Segundo informações da Vara do Júri, Júnior Baiano foi mencionado nos depoimentos, prestados em juízo, de dois dos 12 réus envolvidos no caso. Além disso, grande parte das informações que compõem o processo teriam sido obtidas por meio de interceptações telefônicas. O jogador também teria sido mencionado, por interlocutores, durante estas conversas.
Os 12 denunciados respondem por acusações de tráfico de drogas, associação para o tráfico e formação de quadrilha. Dentre eles, sete estão presos e quatro, sendo dois ex-policiais militares, continuam foragidos.
Procurado pela Folha Online, o delegado-titular da cidade, Aldacir Ferreira, recusou-se a comentar o caso alegando que ele corre em segredo de justiça. No entanto, segundo a Vara do Júri, o processo foi aberto depois que o juiz considerou as investigações concluídas e aceitou o pedido de prisão dos réus.
Suspeitas
Um dos réus que teria mencionado Júnior Baiano é o policial militar Silton do Nascimento Dória, que está em liberdade. Em seu depoimento, ele teria dito que recebeu um Golf do jogador como presente.
Segundo a Vara do Júri, no início do ano, Silton havia sido preso por porte ilegal de armas, com um exemplar de numeração raspada. Por isso, não teve sua prisão preventiva decretada, junto com os demais denunciados, em fevereiro. Pouco depois, ele foi posto em liberdade.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública da Bahia para saber se Silton não poderia ter sido exonerado, mas não obteve resposta.
Dois irmãos de Silton, que são ex-policiais militares, Sidney e Sérgio do Nascimento Dória, também são réus no processo, mas estão foragidos.
A segunda menção ao zagueiro teria partido do aspirante a vereador Gérson Andrade Gonçalves, preso desde o início do ano. Suas declarações dão conta que Júnior Baiano doou R$ 500 para sua campanha eleitoral, encerrada por ocasião de sua prisão.
Outro lado
Em nota publicada em seu site oficial, o Clube Regatas do Flamengo repudiou as acusações contra Júnior Baiano e informou que, durante os treinos ocorridos na manhã desta quinta-feira, ele desmentiu seu suposto envolvimento com o tráfico. "Não dei carro a ninguém. Isso não é verdade", disse.
Segundo transcrição publicada no site, o jogador admite que conhece os acusados "desde a infância", mas afirma que "não é porque uma pessoa faz coisas erradas que eu vou dizer que não as conheço".
Flamengo
O sócio grande-benemérito Michel Assef, que é advogado do clube, foi acionado e irá acompanhar o caso. Na próxima segunda-feira, ele irá à Bahia para tentar esclarecer o caso. O jogador, possivelmente, o acompanhará.
Segundo Assef, por telefone, um policial da delegacia do município baiano informou que "está gravada uma conversa entre duas pessoas, mas nada que possa incriminar o Junior Baiano por envolvimento com traficantes ou com uma facção criminosa daquela cidade".
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