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14/12/2004
-
20h12
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
A Oitava Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio, em sessão realizada nesta terça-feira, decretou a prisão preventiva do caseiro Jossiel Conceição dos Santos, 21, acusado de matar o casal de americanos Zera Todd e Michelle Staheli, em novembro do ano passado. Santos respondia o processo em liberdade.
Por unanimidade, os desembargadores deram provimento a um recurso do Ministério Público Estadual, que entende que o caseiro tem que ser mantido preso até o julgamento do processo.
De acordo com o TJ, os desembargadores desclassificaram a acusação para latrocínio. Com isso, Santos não mais irá a júri popular. A decisão sobre a sua culpa ou inocência do acusado ficará sob responsabilidade da juíza da 29ª Vara Criminal, Maria Tereza Donatti.
Prisão
O pedido de prisão preventiva contra o acusado havia sido negado pela juíza Maria Tereza Donatti, o que fez com que o Ministério Público recorresse ao TJ. A Defensoria Pública, que defende o caseiro, ainda pode recorrer da decisão dos desembargadores.
O mandado de prisão do caseiro foi expedido após o fim da sessão e enviado ao posto da Polinter que funciona no próprio tribunal.
Testemunhas de acusação do caso devem ser ouvidas nesta quarta-feira, em audiência na 29ª Vara Criminal.
Crime
O casal Zera Todd e Michelle Staheli morreu após ser golpeado, no dia 30 de novembro de 2003, em casa, no condomínio Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Santos foi preso no dia 1º de abril sob acusação de pular o muro de uma casa localizada no mesmo condomínio onde ocorreu o crime. Ele trabalhava como caseiro em um imóvel vizinho ao do casal assassinado.
No entanto, um dia após ser detido, Santos deixou a cadeia porque a Justiça não aceitou o pedido de prisão. Ele voltou a ser preso, mas também foi libertado.
Desde que foi preso pela primeira vez, Santos apresentou diferentes versões sobre o crime. Em algumas, disse ter assassinado o casal. Em outras, afirmou que apenas facilitou a entrada dos criminosos.
Depois de sua primeira confissão, o caseiro apresentou um pé-de-cabra com o qual teria assassinado o casal. Não foram encontrados vestígios de sangue do casal na ferramenta. No entanto, exames detectaram vestígios de sangue das vítimas na roupa de Santos.
Em junho, em depoimento na 29ª Vara Criminal do Rio, ele afirmou que confessou o crime coagido sob tortura policial. Disse, ainda, que as roupas em que testes de DNA detectaram presença de sangue foram adquiridas depois do crime. Ele afirmou à Justiça que todas as roupas que possui foram apreendidas pela polícia em sua casa e na casa em que trabalhava.
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Editora de Cotidiano da Folha Online
A Oitava Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio, em sessão realizada nesta terça-feira, decretou a prisão preventiva do caseiro Jossiel Conceição dos Santos, 21, acusado de matar o casal de americanos Zera Todd e Michelle Staheli, em novembro do ano passado. Santos respondia o processo em liberdade.
Por unanimidade, os desembargadores deram provimento a um recurso do Ministério Público Estadual, que entende que o caseiro tem que ser mantido preso até o julgamento do processo.
De acordo com o TJ, os desembargadores desclassificaram a acusação para latrocínio. Com isso, Santos não mais irá a júri popular. A decisão sobre a sua culpa ou inocência do acusado ficará sob responsabilidade da juíza da 29ª Vara Criminal, Maria Tereza Donatti.
Prisão
O pedido de prisão preventiva contra o acusado havia sido negado pela juíza Maria Tereza Donatti, o que fez com que o Ministério Público recorresse ao TJ. A Defensoria Pública, que defende o caseiro, ainda pode recorrer da decisão dos desembargadores.
O mandado de prisão do caseiro foi expedido após o fim da sessão e enviado ao posto da Polinter que funciona no próprio tribunal.
Testemunhas de acusação do caso devem ser ouvidas nesta quarta-feira, em audiência na 29ª Vara Criminal.
Crime
O casal Zera Todd e Michelle Staheli morreu após ser golpeado, no dia 30 de novembro de 2003, em casa, no condomínio Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Santos foi preso no dia 1º de abril sob acusação de pular o muro de uma casa localizada no mesmo condomínio onde ocorreu o crime. Ele trabalhava como caseiro em um imóvel vizinho ao do casal assassinado.
No entanto, um dia após ser detido, Santos deixou a cadeia porque a Justiça não aceitou o pedido de prisão. Ele voltou a ser preso, mas também foi libertado.
Desde que foi preso pela primeira vez, Santos apresentou diferentes versões sobre o crime. Em algumas, disse ter assassinado o casal. Em outras, afirmou que apenas facilitou a entrada dos criminosos.
Depois de sua primeira confissão, o caseiro apresentou um pé-de-cabra com o qual teria assassinado o casal. Não foram encontrados vestígios de sangue do casal na ferramenta. No entanto, exames detectaram vestígios de sangue das vítimas na roupa de Santos.
Em junho, em depoimento na 29ª Vara Criminal do Rio, ele afirmou que confessou o crime coagido sob tortura policial. Disse, ainda, que as roupas em que testes de DNA detectaram presença de sangue foram adquiridas depois do crime. Ele afirmou à Justiça que todas as roupas que possui foram apreendidas pela polícia em sua casa e na casa em que trabalhava.
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