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16/12/2004
-
23h37
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
A fumaça das queimadas que ocorrem no sul e sudeste do Pará atingiu nesta quinta-feira a cidade de Manaus, que amanheceu encoberta. O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) não registrou focos de calor no Amazonas, mas no Pará havia 357.
Nos últimos 15 dias foram registrados 3.798 focos de calor no Pará contra 3.281 notificados no mesmo período do ano passado.
Em um sobrevôo de uma hora, o coordenador de Pesquisa e Ecologia do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) Arnaldo Carneiro observou o efeito da fumaça das queimadas do Pará sobre a paisagem de Manaus.
"Voando do lado sul e norte de Manaus, vimos muita fumaça, que vem do Pará. Do lado direito do rio Negro não avistamos a cidade por causa da fumaça. A fumaça pode comprometer a visibilidade nas operações aéreas e a saúde humana."
Nesta quinta, a Infraero, estatal que administra o aeroporto internacional Eduardo Gomes, informou que as operações de vôos comerciais foram normais.
Estiagem
Segundo o meteorologista Flávio Oliveira, do 1º Distrito de Meteorologia do Amazonas, a fumaça das queimadas atinge Manaus porque está ocorrendo uma estiagem anormal com ausência de chuvas e temperaturas elevadas em dezembro.
O meteorologista disse que não está confirmado se essa estiagem tem influência do fenômeno El Niño fraco (aquecimento anormal das águas do Pacífico equatorial), que está formado, atingindo as costas do Equador e Peru.
"Se a seca se prolongar até início de janeiro, aí poderemos confirmar a influência do El Niño fraco", disse.
Queimadas
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de Belém (PA) confirma o aumento das queimadas na região. Segundo o gerente-executivo Marcílio Monteiro, a maioria das queimadas são realizadas por agricultores e fazendeiros. "É um problema cultural da população."
Monteiro disse que uma operação está em curso para coibir o desmatamento nas regiões sul e sudeste do Pará.
O coordenador do Greenpeace na Amazônia, Paulo Adário, disse ontem que as queimadas são as principais fontes de poluição do ar na Amazônia. "Estamos respirando em Manaus o efeito da destruição que está ocorrendo no Pará, onde o processo da agricultura usa o fogo como trator, e a cinza, como adubo."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre queimadas
Leia o que já foi publicado sobre o Ibama
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Fumaça de queimadas cobre céu de Manaus
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da Agência Folha, em Manaus
A fumaça das queimadas que ocorrem no sul e sudeste do Pará atingiu nesta quinta-feira a cidade de Manaus, que amanheceu encoberta. O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) não registrou focos de calor no Amazonas, mas no Pará havia 357.
Nos últimos 15 dias foram registrados 3.798 focos de calor no Pará contra 3.281 notificados no mesmo período do ano passado.
Em um sobrevôo de uma hora, o coordenador de Pesquisa e Ecologia do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) Arnaldo Carneiro observou o efeito da fumaça das queimadas do Pará sobre a paisagem de Manaus.
"Voando do lado sul e norte de Manaus, vimos muita fumaça, que vem do Pará. Do lado direito do rio Negro não avistamos a cidade por causa da fumaça. A fumaça pode comprometer a visibilidade nas operações aéreas e a saúde humana."
Nesta quinta, a Infraero, estatal que administra o aeroporto internacional Eduardo Gomes, informou que as operações de vôos comerciais foram normais.
Estiagem
Segundo o meteorologista Flávio Oliveira, do 1º Distrito de Meteorologia do Amazonas, a fumaça das queimadas atinge Manaus porque está ocorrendo uma estiagem anormal com ausência de chuvas e temperaturas elevadas em dezembro.
O meteorologista disse que não está confirmado se essa estiagem tem influência do fenômeno El Niño fraco (aquecimento anormal das águas do Pacífico equatorial), que está formado, atingindo as costas do Equador e Peru.
"Se a seca se prolongar até início de janeiro, aí poderemos confirmar a influência do El Niño fraco", disse.
Queimadas
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de Belém (PA) confirma o aumento das queimadas na região. Segundo o gerente-executivo Marcílio Monteiro, a maioria das queimadas são realizadas por agricultores e fazendeiros. "É um problema cultural da população."
Monteiro disse que uma operação está em curso para coibir o desmatamento nas regiões sul e sudeste do Pará.
O coordenador do Greenpeace na Amazônia, Paulo Adário, disse ontem que as queimadas são as principais fontes de poluição do ar na Amazônia. "Estamos respirando em Manaus o efeito da destruição que está ocorrendo no Pará, onde o processo da agricultura usa o fogo como trator, e a cinza, como adubo."
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