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19/09/2000
-
19h30
MILENA BUOSI
da Folha Online
A transferência de prédio da Procuradoria Geral de Justiça animou o comércio nas imediações da rua Riachuelo, região central da cidade. Com a mudança, muitos estão apostando que promotores e outros funcionários do prédio serão o novo filão da clientela. E estão se esforçando para que isso realmente ocorra.
A comerciante Sueli Bernaba Jorge, 49, proprietária de uma loja de materiais de construção, reformou parte dos fundos de seu estabelecimento para vender plantas e arranjos de flores pensando nos "novos vizinhos".
Há cinco anos com a loja, Sueli sempre dava palpites aos fregueses para decorar salas e escritórios. Passou, então, a comprar vasos de flores para alguns clientes e, com a ida da Procuradoria, decidiu abrir seu próprio comércio de plantas. Colocou carpete novo, comprou prateleiras e até banquinhos de madeira, para dar mais conforto aos novos clientes.
Preparativos
"A expectativa de venda com a chegada do Ministério Público é muito grande. Falaram que cerca de 2 mil pessoas vão ficar no prédio", disse. "Muitos funcionários do prédio já estão comprando vasinhos para decorar as salas."
Além da reestruturação da loja_iniciada dois meses antes da mudança da Procuradoria_,Sueli colocou uma faixa na porta de sua estabelecimento desejando as boas-vindas aos funcionários do Ministério Público.
"Coloquei a faixa porque seria delicado recebê-los. Eles até me agradeceram por isso", afirmou.
Jesus Aries, 65, encomendou a entrega de sua nova banca de jornal, localizada em frente à Procuradoria, para a mesma semana da mudança. Proprietário da banca há três anos, ele afirmou que as vendas diminuíram durante a reforma do prédio, que, segundo ele, durou cerca de dois anos.
Antes, o prédio da Procuradoria era ocupado pela Secretaria Estadual de Recursos Hídricos.
"Programei a entrega da banca para o dia da vinda do Ministério Público. A outra banca estava caindo aos pedaços. Se a freguesia e o ambiente melhoram, a qualidade (do serviço) tem de melhorar também", disse.
"Foi o Ministério Público que nos deu força para reformar a banca. Se não fosse isso, só ficaríamos com a intenção", disse a aposentada Maria Eugênia Velasco, 55, mulher de Aries. "Com movimento maior, a esperança é de que a freguesia aumente."
A proprietária de uma sorveteria na rua Riachuelo, Luciana Vinhola, 26, mandou preparar panfletos com o cardápio do estabelecimento para serem distribuídos exclusivamente aos funcionários da Procuradoria.
"Eles são novos na região e não conhecem as casas. É bom informá-los para que venham conhecer", disse Luciana, que comprou a sorveteria há 11 meses.
Segurança
O comerciante Antônio Santiago, proprietário há 34 anos de uma loja de materiais hidráulicos na região, disse acreditar que a principal melhora na mudança da sede da Procuradoria é a sensação de segurança.
"Quem sabe eles impõem mais respeito. Já vi meia dúzia de guardas no prédio", disse o comerciante, que já foi assaltado por homens armados com metralhadoras.
Para Santiago, a mudança de prédio não basta para revitalizar o centro de São Paulo. "O Centro agora é só marreteiro. Mas pelo menos o Ministério Público limpou e pintou a fachada do prédio."
O comerciante afirmou que a saída da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos da rua Riachuelo não afetou muito as vendas. Segundo ele, os antigos fregueses continuam comprando em sua loja e a chegada de novos vizinhos é boa. "Lâmpada e torneira de promotor também quebra", disse.
Clique aqui para ler mais notícias sobre a revitalização do centro de São Paulo
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Mudança de prédio da Procuradoria anima comerciantes
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A transferência de prédio da Procuradoria Geral de Justiça animou o comércio nas imediações da rua Riachuelo, região central da cidade. Com a mudança, muitos estão apostando que promotores e outros funcionários do prédio serão o novo filão da clientela. E estão se esforçando para que isso realmente ocorra.
A comerciante Sueli Bernaba Jorge, 49, proprietária de uma loja de materiais de construção, reformou parte dos fundos de seu estabelecimento para vender plantas e arranjos de flores pensando nos "novos vizinhos".
Há cinco anos com a loja, Sueli sempre dava palpites aos fregueses para decorar salas e escritórios. Passou, então, a comprar vasos de flores para alguns clientes e, com a ida da Procuradoria, decidiu abrir seu próprio comércio de plantas. Colocou carpete novo, comprou prateleiras e até banquinhos de madeira, para dar mais conforto aos novos clientes.
Preparativos
"A expectativa de venda com a chegada do Ministério Público é muito grande. Falaram que cerca de 2 mil pessoas vão ficar no prédio", disse. "Muitos funcionários do prédio já estão comprando vasinhos para decorar as salas."
Além da reestruturação da loja_iniciada dois meses antes da mudança da Procuradoria_,Sueli colocou uma faixa na porta de sua estabelecimento desejando as boas-vindas aos funcionários do Ministério Público.
"Coloquei a faixa porque seria delicado recebê-los. Eles até me agradeceram por isso", afirmou.
Jesus Aries, 65, encomendou a entrega de sua nova banca de jornal, localizada em frente à Procuradoria, para a mesma semana da mudança. Proprietário da banca há três anos, ele afirmou que as vendas diminuíram durante a reforma do prédio, que, segundo ele, durou cerca de dois anos.
Antes, o prédio da Procuradoria era ocupado pela Secretaria Estadual de Recursos Hídricos.
"Programei a entrega da banca para o dia da vinda do Ministério Público. A outra banca estava caindo aos pedaços. Se a freguesia e o ambiente melhoram, a qualidade (do serviço) tem de melhorar também", disse.
"Foi o Ministério Público que nos deu força para reformar a banca. Se não fosse isso, só ficaríamos com a intenção", disse a aposentada Maria Eugênia Velasco, 55, mulher de Aries. "Com movimento maior, a esperança é de que a freguesia aumente."
A proprietária de uma sorveteria na rua Riachuelo, Luciana Vinhola, 26, mandou preparar panfletos com o cardápio do estabelecimento para serem distribuídos exclusivamente aos funcionários da Procuradoria.
"Eles são novos na região e não conhecem as casas. É bom informá-los para que venham conhecer", disse Luciana, que comprou a sorveteria há 11 meses.
Segurança
O comerciante Antônio Santiago, proprietário há 34 anos de uma loja de materiais hidráulicos na região, disse acreditar que a principal melhora na mudança da sede da Procuradoria é a sensação de segurança.
"Quem sabe eles impõem mais respeito. Já vi meia dúzia de guardas no prédio", disse o comerciante, que já foi assaltado por homens armados com metralhadoras.
Para Santiago, a mudança de prédio não basta para revitalizar o centro de São Paulo. "O Centro agora é só marreteiro. Mas pelo menos o Ministério Público limpou e pintou a fachada do prédio."
O comerciante afirmou que a saída da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos da rua Riachuelo não afetou muito as vendas. Segundo ele, os antigos fregueses continuam comprando em sua loja e a chegada de novos vizinhos é boa. "Lâmpada e torneira de promotor também quebra", disse.
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