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19/09/2000 - 20h24

"Mineirão" reúne estrelas do MP; segurança é motivo de mudança

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CRISPIM ALVES
Coordenador de Cidades da Folha Online

O promotor Carlos Alberto Dib, diretor-geral do Ministério Público de São Paulo, afirmou que o aumento no número de atendimento nos últimos anos, a falta de espaço e até problemas de segurança motivaram as mudanças promovidas na Procuradoria Geral de Justiça, que trocou de endereço, desativou prédios e juntou grupos e promotorias mais "visadas" no seguro bairro de Higienópolis.

Nesse bairro, em um prédio na rua Minas Gerais apelidado de "Mineirão", serão instalados os grupos de maior destaque do Ministério Público no momento: a Promotoria de Justiça da Cidadania, que ficava na rua major Quedinho, e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que ainda está na antiga sede da Procuradoria, na rua Líbero Badaró.

Ambos grupos participaram das investigações de irregularidades na Prefeitura de São Paulo, entre outros casos de grande repercussão. Em alguns deles, como as investigações sobre uma quadrilha de policiais que agia na Delegacia Seccional de Santo André (no ABCD), promotores foram ameaçados de morte. Esses grupos também abrigam promotores considerados "estrelas".

"A rua Minas Gerais é uma localização mais segura. A Major Quedinho (rua na região central de São Paulo com grande circulação de mendigos e viciados em crack) não oferece segurança", declarou Dib, para quem promotor se tornou uma pessoa muito visada. Na Major Quedinho, em um prédio alugado por R$ 85 mil mensais, funcionava a Promotoria de Justiça da Cidadania, entre outras.

O aluguel do prédio da rua Minas Gerais é maior: R$ 105 mil. Os promotores do Gaeco e da Cidadania devem ser transferidos para lá amanhã. Além da Major Quedinho, o Ministério Público vai desativar também as instalações da avenida da Liberdade, que eram alugadas por R$ 37 mil mensais.

Ao contrário do prédio da rua Riachuelo, que se tornou a nova sede da Procuradoria Geral de Justiça após uma gasto de mais de R$ 11,6 milhões, o edifício da Minas Gerais não precisou ser reformado com dinheiro público. "O proprietário, por conta própria, adaptou os banheiros para deficientes físicos", afirmou Dib.

Demanda

De acordo com o diretor-geral do Ministério Público, o maior motivo para as mudanças foi o aumento no número de atendimento. Apesar de não apresentar números, Dib afirma que o crescimento foi muito grande, principalmente por causa da criação dos grupos especiais de promotores, como os que cuidam de idosos e deficientes físicos.

"Nos últimos anos, o Ministério Público cresceu muito em número de áreas de atuação. Para cada um desses grupos especiais, é necessária uma pequena infra-estrutura própria. Isso demanda espaço. Além disso, aumentou muito o fluxo de pessoas nas promotorias", disse o promotor.

Como exemplo do crescimento do Ministério Público com o passar dos anos, Dib cita o fato de que, antes de 91, a Procuradoria ficava instalada apenas no 15º andar do Fórum João Mendes. Depois, ocupou por quase dez anos o prédio da rua Líbero Badaró, além de alguns anexos espalhados pela cidade.

"Com as atuais mudanças, houve um ganho qualitativo muito grande, pois as instalações estão mais adequadas para o atendimento." Além disso, afirma Dib, a centralização das promotorias auxilia a população, que não precisará percorrer vários endereços.

E-mail: crispimalves@uol.com.br

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