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20/09/2000 - 03h04

75% das ambulâncias da capital estão em reparo

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ALENCAR IZIDORO e CARLOS MURAUSKAS , da Folha de S.Paulo

Das 102 ambulâncias da Prefeitura de São Paulo responsáveis pelo atendimento de emergência pré- hospitalar gratuito na cidade, apenas 25 estão em operação.

Até ontem, as outras 77 (75% do total ) encontravam-se quebradas, estacionadas em duas garagens municipais: na Supervisão Geral de Transportes Internos, na rua Prates (região central), e na Divisão Técnica de Transportes, ao lado do pronto-socorro de Santana (zona norte).

A Secretaria Municipal da Saúde diz que os consertos estão interrompidos desde o mês passado, quando a Secretaria das Administrações Regionais (SAR) deveria ter renovado as atas de registro de preços para compra de peças e reparo de veículos.

Essas atas tiveram seus prazos expirados entre 30 de julho e 13 de agosto. Desde então, toda ambulância que sofreu algum dano permaneceu parada, esperando a solução de entraves burocráticos. As únicas que estão circulando foram compradas em janeiro, tendo garantia até 2002.

Apesar do atraso, a Secretaria da Saúde afirma ter feito contrato de emergência para consertar pelo menos 15 ambulâncias, que deveriam voltar a operar até hoje.

A Secretaria das Administrações Regionais não assume a responsabilidade pelos veículos parados. De acordo com a sua assessoria de imprensa, todas as secretarias foram avisadas do atraso da ata de registro de preços, no último dia 8 de agosto. Além disso, os órgãos municipais poderiam ter estabelecido outros contratos que independem dessa ata da SAR.

Enquanto esses carros ficaram "encalhados" em garagens da prefeitura, a demanda por assistência tem batido recorde.

As ambulâncias são solicitadas pelo serviço 192. Em agosto, 7.400 atendimentos foram realizados pelos veículos em operação. Em 1994, a média mensal era de 4.000.

"A demanda ainda é muito maior do que a capacidade dos sistemas instalados", admite Carlos Alberto Eid, diretor-adjunto do sistema de atendimento pré-hospitalar da Secretaria Municipal da Saúde.

Para ele, porém, isso não se resolve com a compra de novas ambulâncias. "Não basta comprar equipamento e soltar na cidade. Faltam profissionais disponíveis para esse tipo de emergência."

Eid cita parâmetros internacionais, pelos quais São Paulo deveria ter no mínimo cem ambulâncias para atender às solicitações de urgência da população. "Isso com um sistema único, integrado com os bombeiros. Na situação atual, a demanda é maior."

Hoje, as frotas em operação da prefeitura e do Corpo de Bombeiros atendem a pouco mais de metade dessa demanda "ideal", projetada para uma situação em que as pessoas pudessem solicitar o serviço por um só telefone.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde, das 102 ambulâncias da prefeitura, pelo menos 40 estão "condenadas", sem condições de voltar às ruas. A idade média da frota é de aproximadamente dez anos.

"Muitas são sucatas, não servem mais para atender emergências, mas poderiam ser usadas em outros serviços administrativos", afirma Eid. Segundo o diretor-adjunto, a prefeitura já abriu licitação para comprar mais 25 ambulâncias até o final do ano.

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