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18/01/2005 - 17h54

Balanço mostra aumento de assaltos a pedestres e em ônibus no Rio

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

Dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) do Rio de Janeiro mostram que os roubos a pedestres e em ônibus aumentaram no ano de 2004. Cresceram também, embora de forma mais modesta, os roubos seguidos de morte, segundo o balanço da instituição.

De acordo com a diretora do ISP, Ana Paula Mendes de Miranda, parte do aumento dos casos de roubos a pedestres pode ser atribuído a um erro de contabilização. Isto porque o instituto separa os casos de roubo de celulares dos de roubo de pedestres.

Segundo a diretora, na metade do ano o instituto constatou que muitos casos de roubos a pedestres foram somados como roubos de aparelhos celulares. Como o objetivo da classificação era distinguir a ação de quadrilhas especializadas no roubo do aparelho, a contabilização foi modificada.

Apesar disso, há um crescimento real no aumento de roubos a pedestres. Eles passaram de 17.884 casos em 2003 para 22.256 em 2004, um aumento de 24,4%.

Os roubos em ônibus cresceram 11,7% e passaram de 4.653 para 5.196 casos de 2003 para 2004. Os roubos seguidos de morte chegaram a 185 e cresceram 3,4%.

Outros crimes

Outros crimes como estupro e atentado ao pudor também registraram aumento nas estatísticas. Segundo a diretora-presidente da ISP, neste caso a contabilização maior de crimes pode ter viés positivo porque significa queda na subnotificação.

"Pode ser efeito do trabalho da Delegacia da Mulher", disse. Os registros de estupros cresceram 15,4% e chegaram a 1.174 casos, já os de atentado ao pudor sofreram um aumento de 25,1% e ficaram em 1.743 casos.

Crimes como roubo a banco e homicídio doloso apresentaram quedas de 33,9% e de 2,8%, respectivamente. Na avaliação da diretora do ISP, as quedas nas apreensões de armas, drogas e no número de prisões representam estabilidade.

O número de policiais mortos em serviço chegou a 52 em 2004, um aumento de 4% em relação a 2003.

Tendência de crescimento

Decreto da governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus (PMDB), prevê que o instituto passe a contabilizar também os registros de ocorrências da Polícia Militar. Com esta nova fatia de informações, a tendência é que o instituto obtenha um retrato mais detalhado da violência no Estado.

A ação da PM nem sempre aparece em boletins de ocorrência. Isto porque em casos de brigas de marido e mulher, acidentes de trânsito sem vítimas e agressões a crianças, muita gente prefere não registrar queixa na delegacia. Apesar disso, o instituto deverá relacionar de forma separada estes incidentes.

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