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21/01/2005 - 10h07

Chuva causa alagamentos, falta de energia e duas mortes no país

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da Folha Online

A chuva de quinta-feira causou transtornos em São Paulo e no Rio de Janeiro e deixou duas pessoas mortas no Paraná. Em Minas, chega a 16 o número de municípios em emergência, e três, em calamidade.

No Paraná, a região norte foi a mais atingida. Casas ficaram alagadas e houve deslizamento de terra. Em Apucarana, onde os estragos foram maiores, um deslizamento destruiu uma residência e causou a morte de duas pessoas.

O corpo de Bráulio de Oliveira, 75, foi retirado dos escombros pelo Corpo de Bombeiros no começo da noite de ontem. Sua mulher, Ana Clara de Oliveira, 57, morreu às 22h40 no hospital Santa Helena.

Um lago que serve de captação de água da Sanepar (companhia de abastecimento) em Apucarana transbordou e alagou dezenas de casas próximas.

Em Londrina, um rio transbordou e alagou um trecho da PR-445 que liga a zona rural do município à parte central. O trânsito teve que ser interrompido. Em outro ponto da cidade, uma casa de madeira foi destruída pela força das águas.

São Paulo

Em São Paulo, houve alagamentos, deslizamento e algumas pessoas ficaram desabrigadas.

Na capital, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, registou, ao longo de quinta-feira, 38 pontos de alagamento na cidade.

No final da tarde, um deslizamento de terra atingiu uma casa na região do Jardim Ângela, zona sul. Ninguém se feriu, mas casas vizinhas precisaram ser interditadas pela Defesa Civil.

Nesta sexta, foram verificados 16 pontos de alagamento, o que prejudica o trânsito. Na madrugada, a rodovia Régis Bittencourt ficou interditada em ambos os sentidos após o transbordamento de um córrego na região de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

A pista entre o km 286 e o km 287 ficou bloqueada das 3h às 6h, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Não houve registro de acidentes por causa do alagamento.

Em Ubatuba, no litoral, técnicos da Defesa Civil Municipal interditaram parcialmente a casa do apresentador Clodovil, por risco de desabamento.

Em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), subiu para 782 o número de pessoas que tiveram de deixar suas casas por causa da chuva.

A prefeitura pediu a convocação extraordinária da Câmara para a votação de um projeto de lei, elaborado pelo Executivo, que prevê a contratação emergencial de 700 trabalhadores para serviços de limpeza e manutenção.

Rio

No Rio, o temporal que atingiu a cidade durante a tarde de ontem fechou o aeroporto Santos Dumont e parou a ponte Rio-Niterói. Durante a madrugada, um raio fez com que três municípios ficassem sem energia elétrica por cerca de 12 horas.

Foram afetados os municípios de Cardoso Moreira, São Francisco do Itabapoana e parte de Campos. Segundo a Ampla, empresa responsável pelo abastecimento da região, o problema começou às 18h de quarta-feira e foi solucionado às 6h de quinta.

Minas

No total, 16 municípios mineiros decretaram emergência e três calamidade desde o início do período de chuvas.

Pelo menos 2.900 pessoas foram desabrigadas ou desalojadas desde outubro. Duas pessoas morreram e 42 ficaram feridas.

A situação é mais grave no sul do Estado e no Vale do Rio Doce. Em Jaceaba, os rios Camapuã e Paraopeba transbordaram e deixaram cerca de 300 desalojados. Em Conselheiro Lafaiete (MG), houve deslizamento de encostas e uma casa foi atingida, mas ninguém ficou ferido.

Conforme a Defesa Civil, 80 pontes em Minas Gerais foram destruídas ou danificadas, entre elas a ponte na BR-265, próximo a Barbacena, na Zona da Mata, onde uma cratera impede o tráfego, que foi desviado.

Na mesma região da Zona da Mata, a rodovia MG-132 --que liga os municípios Alto do Rio Doce e Desterro do Melo-- também ficou praticamente intransitável em razão da queda de barreiras.

No município de Bandeira do Sul, cerca de 60 casas do bairro Santa Terezinha foram inundadas. Também ocorreram deslizamentos ou alagamentos em São Domingos da Prata, Congonhas, Belo Vale, Raposos, Itamonte, Itajubá e Alvinópolis.

Os municípios mineiros que estão em calamidade pública são: Chalé, Ferros e Alvarenga.

Decretos

O Ministério da Integração Nacional não reconhece nenhum decreto de situação de emergência, em todo o país, mas alguns pedidos ainda estão sendo avaliados. O reconhecimento é exigência legal para o governo federal prestar socorro às vítimas de desastres.

Segundo o órgão, as prefeituras que decretam estado de emergência estão livres do recolhimento de impostos federais e podem fazer compras sem licitação.

Com Agência Folha

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