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02/02/2005
-
00h49
FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos
A Prefeitura de Ilhabela (217 km de São Paulo), no litoral norte do Estado, planeja cobrar uma taxa dos turistas que visitam a cidade. A medida, segundo o prefeito Manoel Marcos de Jesus Ferreira (PTB), tem o objetivo de desencorajar os turistas que seguem à ilha apenas para passar um único dia.
Ferreira aponta que o turismo de um dia gera problemas à limitada infra-estrutura do município, como congestionamentos e acúmulo de lixo nas praias. Ilhabela é um dos principais destinos de ricas famílias paulistas durante as férias. O local recebe cerca de 2 milhões de visitantes por ano, 40% do total durante a temporada de verão.
"Queremos incentivar o turismo de qualidade. Não queremos o turismo de massa porque ele não traz benefício à cidade, pelo contrário. Mas evidentemente que não vamos adotar nenhuma medida discriminatória", afirma.
De acordo com o prefeito, caso se verifique que a implantação da taxa é legal, um projeto de lei será enviado à Câmara Municipal. A idéia, informa Ferreira, é instituir em Ilhabela uma "taxa de preservação ambiental", a exemplo do que acontece no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
Lá, uma lei estadual determina que o turista pague conforme o número de dias que passa no arquipélago. Para ficar dez dias em Fernando de Noronha é necessário desembolsar hoje R$ 246,51. O número de visitantes simultâneos também é limitado em no máximo 750 pessoas.
O argumento do prefeito é que, assim como Fernando de Noronha, Ilhabela também é uma unidade de conservação ambiental. Cerca de 85% do território da cidade está protegido pelo Parque Estadual da Serra do Mar.
Transporte
Já vigora em Ilhabela uma lei municipal que proíbe a entrada de ônibus e van turísticos na cidade. Esses tipos de veículos só são autorizados a desembarcar na ilha mediante pagamento de diária de R$ 600 e R$ 300, respectivamente.
"Entre o final de dezembro e o início de janeiro, Ilhabela recebeu uma média de 6.000 veículos por dia. E desses, em torno 5.000 retornaram no final do dia, evidenciando o turismo de um dia", aponta o secretário de Turismo e Fomento de Ilhabela, Ricardo Fazzini.
"As pessoas vêm para a cidade com o seu isoporzinho no carro, deixam o lixo aqui e ao final do dia vão embora. O trabalho gerado à estrutura pública por conta disso, tem que ser levado em conta. É uma questão de estrutura. A nossa malha viária não comporta ônibus. Se as pessoas quiserem vir para cá, podem vir. Mas que venham a pé", disse.
Na região da Baixada Santista, algumas cidades, como Santos, São Vicente e Praia Grande, regulamentam o turismo de um dia. Nelas, há a necessidade de cadastramento prévio dos ônibus que transporta os turistas sob pena de não poder entrar na cidade. "Hoje, o turismo de um dia não é mais problema para Santos', afirmou Flávio da Silva Tavares, chefe da seção de turismo de um dia da Secretaria de Turismo da cidade.
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Prefeitura quer cobrar taxa de turistas que passam um dia em Ilhabela
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da Agência Folha, em São José dos Campos
A Prefeitura de Ilhabela (217 km de São Paulo), no litoral norte do Estado, planeja cobrar uma taxa dos turistas que visitam a cidade. A medida, segundo o prefeito Manoel Marcos de Jesus Ferreira (PTB), tem o objetivo de desencorajar os turistas que seguem à ilha apenas para passar um único dia.
Ferreira aponta que o turismo de um dia gera problemas à limitada infra-estrutura do município, como congestionamentos e acúmulo de lixo nas praias. Ilhabela é um dos principais destinos de ricas famílias paulistas durante as férias. O local recebe cerca de 2 milhões de visitantes por ano, 40% do total durante a temporada de verão.
"Queremos incentivar o turismo de qualidade. Não queremos o turismo de massa porque ele não traz benefício à cidade, pelo contrário. Mas evidentemente que não vamos adotar nenhuma medida discriminatória", afirma.
De acordo com o prefeito, caso se verifique que a implantação da taxa é legal, um projeto de lei será enviado à Câmara Municipal. A idéia, informa Ferreira, é instituir em Ilhabela uma "taxa de preservação ambiental", a exemplo do que acontece no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
Lá, uma lei estadual determina que o turista pague conforme o número de dias que passa no arquipélago. Para ficar dez dias em Fernando de Noronha é necessário desembolsar hoje R$ 246,51. O número de visitantes simultâneos também é limitado em no máximo 750 pessoas.
O argumento do prefeito é que, assim como Fernando de Noronha, Ilhabela também é uma unidade de conservação ambiental. Cerca de 85% do território da cidade está protegido pelo Parque Estadual da Serra do Mar.
Transporte
Já vigora em Ilhabela uma lei municipal que proíbe a entrada de ônibus e van turísticos na cidade. Esses tipos de veículos só são autorizados a desembarcar na ilha mediante pagamento de diária de R$ 600 e R$ 300, respectivamente.
"Entre o final de dezembro e o início de janeiro, Ilhabela recebeu uma média de 6.000 veículos por dia. E desses, em torno 5.000 retornaram no final do dia, evidenciando o turismo de um dia", aponta o secretário de Turismo e Fomento de Ilhabela, Ricardo Fazzini.
"As pessoas vêm para a cidade com o seu isoporzinho no carro, deixam o lixo aqui e ao final do dia vão embora. O trabalho gerado à estrutura pública por conta disso, tem que ser levado em conta. É uma questão de estrutura. A nossa malha viária não comporta ônibus. Se as pessoas quiserem vir para cá, podem vir. Mas que venham a pé", disse.
Na região da Baixada Santista, algumas cidades, como Santos, São Vicente e Praia Grande, regulamentam o turismo de um dia. Nelas, há a necessidade de cadastramento prévio dos ônibus que transporta os turistas sob pena de não poder entrar na cidade. "Hoje, o turismo de um dia não é mais problema para Santos', afirmou Flávio da Silva Tavares, chefe da seção de turismo de um dia da Secretaria de Turismo da cidade.
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