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02/02/2005
-
21h11
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
A Polícia Civil de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) localizou nesta quarta-feira frascos de arsênico, antimônio e bismuto na casa da família --um casal e uma adolescente de 17 anos-- que morreu no domingo com suspeita de envenenamento.
A polícia trabalha com a hipótese de que as substâncias tenham sido adicionadas a um bolo de chocolate --último alimento consumido pela família antes da internação-- feito pela filha mais nova do casal.
A garota foi a única que sobreviveu à intoxicação e não apresentou os mesmos sintomas --sangramento, diarréia e vômito-- que os três familiares ao chegar ao hospital. Os médicos lhe deram alta nesta noite e ela deve prestar depoimento à polícia na quinta-feira.
Um laudo do CCI (Centro de Controle de Intoxicações da Unicamp) divulgado ontem havia apontado a presença de metais pesados na urina das duas filhas do casal que poderiam ser arsênico, bismuto ou antimônio.
O material foi encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz para que seja determinada a quantidade de metal pesado e qual dos três tipos foi encontrado.
Químicos
As três substâncias são utilizadas em clínicas homeopáticas. O arsênico pode ser letal se consumido a partir de 60mg, assim como os demais, dependendo do tipo de ingestão e do organismo da pessoa.
O antimônio, no entanto, é menos nocivo nessa quantidade. Já o bismuto é relacionado a doenças no cérebro. Os metais também são utilizados nas indústrias químicas e de metalurgia.
Vítima
A enfermeira da mãe do médico morto, Vera Lúcia Reis Soares, 29, registrou nesta quarta-feira um boletim de ocorrência no qual alega ter sentido dores abdominais e diarréia ao comer um pedaço de bolo, na semana passada, feito também pela jovem de 15 anos.
A polícia também tentará esclarecer com a adolescente por que a chave da casa havia desaparecido, os cômodos do lugar estavam todos limpos, e a louça, lavada.
O médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, 46, era proprietário de farmácia e laboratório de manipulação homeopática, no bairro Guanabara, e uma clínica homeopática, ao lado da casa, no Parque das Universidades --ambos áreas nobres de Campinas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre mortes por intoxicação
Polícia encontra produtos químicos em casa de família intoxicada
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da Agência Folha, em Campinas
A Polícia Civil de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo) localizou nesta quarta-feira frascos de arsênico, antimônio e bismuto na casa da família --um casal e uma adolescente de 17 anos-- que morreu no domingo com suspeita de envenenamento.
A polícia trabalha com a hipótese de que as substâncias tenham sido adicionadas a um bolo de chocolate --último alimento consumido pela família antes da internação-- feito pela filha mais nova do casal.
A garota foi a única que sobreviveu à intoxicação e não apresentou os mesmos sintomas --sangramento, diarréia e vômito-- que os três familiares ao chegar ao hospital. Os médicos lhe deram alta nesta noite e ela deve prestar depoimento à polícia na quinta-feira.
Um laudo do CCI (Centro de Controle de Intoxicações da Unicamp) divulgado ontem havia apontado a presença de metais pesados na urina das duas filhas do casal que poderiam ser arsênico, bismuto ou antimônio.
O material foi encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz para que seja determinada a quantidade de metal pesado e qual dos três tipos foi encontrado.
Químicos
As três substâncias são utilizadas em clínicas homeopáticas. O arsênico pode ser letal se consumido a partir de 60mg, assim como os demais, dependendo do tipo de ingestão e do organismo da pessoa.
O antimônio, no entanto, é menos nocivo nessa quantidade. Já o bismuto é relacionado a doenças no cérebro. Os metais também são utilizados nas indústrias químicas e de metalurgia.
Vítima
A enfermeira da mãe do médico morto, Vera Lúcia Reis Soares, 29, registrou nesta quarta-feira um boletim de ocorrência no qual alega ter sentido dores abdominais e diarréia ao comer um pedaço de bolo, na semana passada, feito também pela jovem de 15 anos.
A polícia também tentará esclarecer com a adolescente por que a chave da casa havia desaparecido, os cômodos do lugar estavam todos limpos, e a louça, lavada.
O médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, 46, era proprietário de farmácia e laboratório de manipulação homeopática, no bairro Guanabara, e uma clínica homeopática, ao lado da casa, no Parque das Universidades --ambos áreas nobres de Campinas.
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