04/02/2005 - 17h29

Polícia prende jovens de classe média acusados de traficar ecstasy

da Folha Online

Cinco jovens de classe média, com idades entre 19 e 23 anos, foram presos sob acusação de integrarem um esquema de tráfico de ecstasy, em São Paulo. Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos 1.300 comprimidos da droga. Ao menos 600 deles foram produzidos na região Sul do país.

Segundo informações da 3ª Dise (Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes), um estudante de teatro de 23 anos foi detido no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos (Grande São Paulo), com 600 comprimidos quando chegava de Florianópolis (SC).

A suspeita é que ele tenha viajado com o objetivo de buscar a droga, aproveitando-se de benefícios por ter sido funcionário da Varig. Com o estudante, que mora em Perdizes (zona oeste de São Paulo), teriam sido encontradas passagens aéreas para Alemanha e Holanda --famosos centros de distribuição de ecstasy.

Esquema

Na manhã de quarta-feira, dois universitários --de 20 e de 19 anos--, um conferente de loja de 19 anos foram flagrados com 700 comprimidos de ecstasy na praça do Pôr-do-Sol, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo).

Segundo a polícia, um deles trabalhava na divulgação de casas noturnas da Vila Olímpia (região nobre da zona sul de São Paulo) e ia cursar turismo. Os outos dois, que moram em Moema (região nobre da zona sul de São Paulo), haviam sido aprovados no vestibular para administração de empresas.

Outro lado

Segundo a advogada Raquel Llamas, que faz a defesa de um dos jovens, laudo do Instituto de Criminalística constatou que 540 comprimidos apreendidos serviam para o tratamento de diabetes.

Um policial do Denarc, responsável pela apreensão, teria afirmado no auto de flagrante que apenas 26 comprimidos eram de ecstasy.

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