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08/02/2005
-
21h49
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Olinda
O "rei do forró" reinou nesta terça-feira na terra do frevo, em plena terça de Carnaval. A figura do músico Luiz Gonzaga foi a principal atração do desfile dos bonecos gigantes de Olinda (PE).
O evento, que reuniu cerca de cem personagens, foi aberto pelo boneco do sanfoneiro. Confeccionado com um chapéu de cangaceiro na cabeça e uma sanfona nas mãos, a peça é a maior e a mais pesada já feita até agora.
"É o maior de todos porque ele sempre foi o maior", disse o artista plástico Silvio Botelho, o "pai dos gigantes" e coordenador do desfile. O Gonzagão tem 4 m de altura e pesa 40 kg. As outras figuras medem 3,4 m e pesam, no máximo, 25 quilos.
A estréia do boneco gigante foi prestigiada por Chiquinha Gonzaga, 79, irmã do sanfoneiro. Uma das poucas mulheres a dominar a sanfona de oito baixos, ela disse que a homenagem era "maravilhosa" e que, apesar de não gostar de Carnaval, participou da festa "para dar andamento à cultura dos bonecões".
Questionada se considerava a homenagem tardia, Chiquinha, única remanescente do grupo familiar "Os 7 Gonzagas", disse que "as coisas acontecem no seu tempo, mas que, se tivesse sido feita antes, seria merecida".
Além do Gonzagão, outros quatro bonecos gigantes estrearam no desfile. Entre eles, estavam o Garoto Treloso e o Bobo da Corte. As novas peças se juntaram aos personagens já conhecidos dos foliões e circularam por quase duas horas pelas ladeiras de Olinda.
Balançando os braços e fazendo reverências para agradecer os aplausos, as figuras foram acompanhadas por três orquestras de frevo. A única queixa se referia à quantidade de placas publicitárias no desfile, que atrapalhava a visão das pessoas e dificultava a dança dos foliões nas ruas.
Com a festa desta terça, o cortejo dos bonecos gigantes de Olinda completou 18 anos. A origem deles, entretanto, é bem mais antiga. Em Pernambuco, a primeira figura surgiu no sertão, em Belém do São Francisco, em 1919.
Batizado de Zé Pereira, ele tinha quatro metros de altura e estrutura de madeira --os atuais são em alumínio. Em Olinda, o personagem surgiu apenas em 1932. Batizado de Homem da Meia-Noite, ele se transformou em bloco e continua circulando até hoje na cidade, durante o Carnaval.
Os bonecos gigantes de Pernambuco teriam sido inspirados em figuras similares criadas na Europa, em festas religiosas da Idade Média. Esses personagens, que no Estado homenageiam pessoas conhecidas, representavam figuras bíblicas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os bonecos de Olinda
Leia o que já foi publicado sobre Carnaval
Bonecos gigantes tomam conta das ruas de Olinda
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da Agência Folha, em Olinda
O "rei do forró" reinou nesta terça-feira na terra do frevo, em plena terça de Carnaval. A figura do músico Luiz Gonzaga foi a principal atração do desfile dos bonecos gigantes de Olinda (PE).
O evento, que reuniu cerca de cem personagens, foi aberto pelo boneco do sanfoneiro. Confeccionado com um chapéu de cangaceiro na cabeça e uma sanfona nas mãos, a peça é a maior e a mais pesada já feita até agora.
"É o maior de todos porque ele sempre foi o maior", disse o artista plástico Silvio Botelho, o "pai dos gigantes" e coordenador do desfile. O Gonzagão tem 4 m de altura e pesa 40 kg. As outras figuras medem 3,4 m e pesam, no máximo, 25 quilos.
A estréia do boneco gigante foi prestigiada por Chiquinha Gonzaga, 79, irmã do sanfoneiro. Uma das poucas mulheres a dominar a sanfona de oito baixos, ela disse que a homenagem era "maravilhosa" e que, apesar de não gostar de Carnaval, participou da festa "para dar andamento à cultura dos bonecões".
Questionada se considerava a homenagem tardia, Chiquinha, única remanescente do grupo familiar "Os 7 Gonzagas", disse que "as coisas acontecem no seu tempo, mas que, se tivesse sido feita antes, seria merecida".
Além do Gonzagão, outros quatro bonecos gigantes estrearam no desfile. Entre eles, estavam o Garoto Treloso e o Bobo da Corte. As novas peças se juntaram aos personagens já conhecidos dos foliões e circularam por quase duas horas pelas ladeiras de Olinda.
Balançando os braços e fazendo reverências para agradecer os aplausos, as figuras foram acompanhadas por três orquestras de frevo. A única queixa se referia à quantidade de placas publicitárias no desfile, que atrapalhava a visão das pessoas e dificultava a dança dos foliões nas ruas.
Com a festa desta terça, o cortejo dos bonecos gigantes de Olinda completou 18 anos. A origem deles, entretanto, é bem mais antiga. Em Pernambuco, a primeira figura surgiu no sertão, em Belém do São Francisco, em 1919.
Batizado de Zé Pereira, ele tinha quatro metros de altura e estrutura de madeira --os atuais são em alumínio. Em Olinda, o personagem surgiu apenas em 1932. Batizado de Homem da Meia-Noite, ele se transformou em bloco e continua circulando até hoje na cidade, durante o Carnaval.
Os bonecos gigantes de Pernambuco teriam sido inspirados em figuras similares criadas na Europa, em festas religiosas da Idade Média. Esses personagens, que no Estado homenageiam pessoas conhecidas, representavam figuras bíblicas.
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