Publicidade
Publicidade
21/02/2005
-
09h12
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio
O casamento do jogador de futebol Ronaldo e Daniella Cicarelli está causando polêmica dentro da Igreja Católica.
O padre Antonio Maria Borges foi questionado por ter participado da festa, no Castelo Chantilly (França), e abençoado a união do casal em uma cerimônia que não é reconhecida pela igreja.
"Está havendo alguma cobrança. A diocese [de São Paulo] questionou. Muita gente não entendeu, mas começamos os procedimentos para esclarecer os fatos", afirmou o superior de Antonio Maria Borges no Instituto Secular Padres de Shöenstatt, de São Paulo, padre Antonio Bracht.
Ele disse à Folha, por telefone, que pediu um encontro com o bispo auxiliar de São Paulo dom José Benedito Simão, ao qual está diretamente subordinado, para esclarecer a participação de Antonio Maria no casamento. Até sábado pela manhã, a reunião não havia sido marcada.
Ronaldo ainda não se divorciou da ex-mulher, Milene. Enquanto isso não acontecer, ele está impedido de se casar oficialmente com Cicarelli no civil ou no religioso.
Parte da igreja entende que o padre não poderia ter abençoado a união. Bracht disse que autorizou o padre Antonio Maria a fazer a viagem para a França.
"Foi só uma bênção, ele não fez mais do que isso. Ronaldo estará divorciado em junho e poderá se casar no civil e no religioso", disse. Ele afirmou que pediu encontro com dom Simão porque o padre sofre críticas apenas com base em informações publicadas pela imprensa.
Impedimento
Na última sexta-feira, a Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro divulgou nota em que diz que "a celebração válida do matrimônio e a bênção nupcial só podem ocorrer após constar a inexistência de impedimentos de partes e com delegação do sacerdote dada pela autoridade eclesiástica do local da celebração."
A nota, assinada pelo padre Hélio Pacheco Filho, chanceler da Arquidiocese do Rio, diz que a Cúria apurou que o padre Antonio Maria esteve presente à festa, mas não conseguiu esclarecer como, efetivamente, se deu participação dele.
A cúria disse ter divulgado a nota para esclarecer que o padre Antonio Maria está sob a responsabilidade do superior do Instituto Secular Padres de Schöenstatt e da Arquidiocese de São Paulo.
Antonio Maria ficou nacionalmente conhecido por sua amizade com o cantor Roberto Carlos. A Folha tentou localizá-lo no fim de semana, sem sucesso.
Leia mais
"Não esperava essa reação toda", diz padre sobre casamento de Ronaldo
União de Ronaldo e Cicarelli dá recordes de audiência na TV e na internet
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o padre Antonio Maria
Leia o que já foi publicado sobre o atacante Ronaldo
Leia o que já foi publicado sobre Daniella Cicarelli
Igreja questiona padre que "casou" Ronaldo
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio
O casamento do jogador de futebol Ronaldo e Daniella Cicarelli está causando polêmica dentro da Igreja Católica.
O padre Antonio Maria Borges foi questionado por ter participado da festa, no Castelo Chantilly (França), e abençoado a união do casal em uma cerimônia que não é reconhecida pela igreja.
"Está havendo alguma cobrança. A diocese [de São Paulo] questionou. Muita gente não entendeu, mas começamos os procedimentos para esclarecer os fatos", afirmou o superior de Antonio Maria Borges no Instituto Secular Padres de Shöenstatt, de São Paulo, padre Antonio Bracht.
Ele disse à Folha, por telefone, que pediu um encontro com o bispo auxiliar de São Paulo dom José Benedito Simão, ao qual está diretamente subordinado, para esclarecer a participação de Antonio Maria no casamento. Até sábado pela manhã, a reunião não havia sido marcada.
Ronaldo ainda não se divorciou da ex-mulher, Milene. Enquanto isso não acontecer, ele está impedido de se casar oficialmente com Cicarelli no civil ou no religioso.
Parte da igreja entende que o padre não poderia ter abençoado a união. Bracht disse que autorizou o padre Antonio Maria a fazer a viagem para a França.
"Foi só uma bênção, ele não fez mais do que isso. Ronaldo estará divorciado em junho e poderá se casar no civil e no religioso", disse. Ele afirmou que pediu encontro com dom Simão porque o padre sofre críticas apenas com base em informações publicadas pela imprensa.
Impedimento
Na última sexta-feira, a Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro divulgou nota em que diz que "a celebração válida do matrimônio e a bênção nupcial só podem ocorrer após constar a inexistência de impedimentos de partes e com delegação do sacerdote dada pela autoridade eclesiástica do local da celebração."
A nota, assinada pelo padre Hélio Pacheco Filho, chanceler da Arquidiocese do Rio, diz que a Cúria apurou que o padre Antonio Maria esteve presente à festa, mas não conseguiu esclarecer como, efetivamente, se deu participação dele.
A cúria disse ter divulgado a nota para esclarecer que o padre Antonio Maria está sob a responsabilidade do superior do Instituto Secular Padres de Schöenstatt e da Arquidiocese de São Paulo.
Antonio Maria ficou nacionalmente conhecido por sua amizade com o cantor Roberto Carlos. A Folha tentou localizá-lo no fim de semana, sem sucesso.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice