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26/02/2005 - 15h38

Pai de família envenenada retirou frasco de arsênico de farmácia

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da Folha Online

O homeopata Hudson Carvalho, 46, retirou um frasco de arsênico de sua farmácia de manipulação, no bairro da Guanabara, área nobre de Campinas (95 km de São Paulo), em dezembro do ano passado. O médico, a mulher dele, Thelma, 43, e a filha mais velha, de 17 anos, morreram envenenados pela mesma substância, no final de janeiro, segundo laudos do IML (Instituto Médico Legal) e do Adolfo Lutz.

Durante as investigações, a Polícia Civil localizou frascos da substância na casa da família. Segundo o delegado Cláudio Alvarenga, ao retirar o arsênico da farmácia, o médico disse aos funcionários que o produto estava vencido. A Vigilância Sanitária municipal --que deveria ter sido comunicada-- irá investigar.

A única sobrevivente do envenenamento, uma adolescente de 15 anos, filha mais nova do casal, está desaparecida desde o dia 21, quando foi vista no enterro da avó paterna, Josefina Carvalho, 85, que morreu vítima de um ataque cardíaco.

No quarto onde ela estava hospedada, na casa da outra avó, foi encontrada uma fita de vídeo gravada na qual ela diz, segundo Alvarenga, que "seria incapaz de fazer isso [envenenar os familiares". Acreditava-se que ela estava na casa de um parente, em Jacuí (MG). Entretanto, a informação foi desmentida.

Inicialmente, acreditava-se que um creme de chocolate fabricado pela filha mais nova, servido pelo pai e consumido pela família horas antes de apresentarem os primeiros sintomas era a fonte da contaminação. Porém, análises preliminares do IC (Instituto de Criminalística) não detectaram a presença de arsênico no alimento.

Saúde

Em entrevista à Folha Online, o advogado da família afirmou que a adolescente pode sofrer "atrofiamento dos membros periféricos" caso não seja submetida a um tratamento com urgência.

Um laudo divulgado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) constatou que ainda há resquícios de arsênico no organismo dela.

Arsênico

O arsênico está presente na natureza, em doses mínimas, em alimentos como peixes, vegetais e cereais.

A literatura médica descreve casos fatais de intoxicação por arsênico após ingestão oral em doses estimadas iguais ou superiores a 2g, dependendo da reação de cada organismo e da concentração da substância.

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