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28/02/2005
-
00h47
da Folha Online
A garota de 15 anos, única sobrevivente da família envenenada em Campinas (95 km de São Paulo), gravou um vídeo antes de fugir da casa da avó, no último dia 21. Na gravação, exibida neste domingo pelo programa "Fantástico", da TV Globo, ela cita apenas a mãe e a irmã.
A menina afirma que não teria "coragem para matar ninguém". "Muito menos minha mãe que eu amava muito e minha irmã."
"Eu estou indo para uma vida melhor, vou encontrar com a minha mãe e a minha irmã. Não interessa o quanto demore, mas enquanto eu estiver na Terra, eu não quero mais sofrer. Eu não quero mais ninguém gritando comigo, muito menos vocês achando que eu matei minha mãe e minha irmã", diz a garota na gravação.
Arsênico
O homeopata Hudson Carvalho, 46, retirou um frasco de arsênico de sua farmácia de manipulação, no bairro da Guanabara, área nobre de Campinas, em dezembro do ano passado. O médico, a mulher dele, Thelma, 43, e a filha mais velha, de 17 anos, morreram envenenados pela mesma substância, no final de janeiro, segundo laudos do IML (Instituto Médico Legal) e do Adolfo Lutz.
Durante as investigações, a Polícia Civil localizou frascos da substância na casa da família. Segundo o delegado Cláudio Alvarenga, ao retirar o arsênico da farmácia, o médico disse aos funcionários que o produto estava vencido. A Vigilância Sanitária municipal --que deveria ter sido comunicada-- irá investigar.
Fuga
A sobrevivente está desaparecida desde o dia 21, quando foi vista no enterro da avó paterna, Josefina Carvalho, 85, que morreu vítima de um ataque cardíaco.
No quarto onde ela estava hospedada, na casa da outra avó, foi encontrada a fita de vídeo. Acreditava-se que ela teria seguido para a casa de um parente, em Jacuí (MG). Entretanto, a informação não foi confirmada.
Inicialmente, acreditava-se que um creme de chocolate feito pela filha mais nova, servido pelo pai e consumido pela família horas antes de apresentarem os primeiros sintomas era a fonte da contaminação. Porém, análises preliminares do IC (Instituto de Criminalística) não detectaram a presença de arsênico no alimento. A fonte da contaminação ainda é desconhecida.
Saúde
Em entrevista à Folha Online, o advogado da família afirmou que a adolescente pode sofrer "atrofiamento dos membros periféricos" caso não seja submetida a um tratamento com urgência.
Um laudo divulgado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) constatou que ainda há resquícios de arsênico no organismo dela.
O arsênico está presente na natureza, em doses mínimas, em alimentos como peixes, vegetais e cereais.
A literatura médica descreve casos fatais de intoxicação por arsênico após ingestão oral em doses estimadas iguais ou superiores a 2g, dependendo da reação de cada organismo e da concentração da substância.
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Em vídeo, jovem que sobreviveu a envenenamento cita a mãe e a irmã
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A garota de 15 anos, única sobrevivente da família envenenada em Campinas (95 km de São Paulo), gravou um vídeo antes de fugir da casa da avó, no último dia 21. Na gravação, exibida neste domingo pelo programa "Fantástico", da TV Globo, ela cita apenas a mãe e a irmã.
A menina afirma que não teria "coragem para matar ninguém". "Muito menos minha mãe que eu amava muito e minha irmã."
"Eu estou indo para uma vida melhor, vou encontrar com a minha mãe e a minha irmã. Não interessa o quanto demore, mas enquanto eu estiver na Terra, eu não quero mais sofrer. Eu não quero mais ninguém gritando comigo, muito menos vocês achando que eu matei minha mãe e minha irmã", diz a garota na gravação.
Arsênico
O homeopata Hudson Carvalho, 46, retirou um frasco de arsênico de sua farmácia de manipulação, no bairro da Guanabara, área nobre de Campinas, em dezembro do ano passado. O médico, a mulher dele, Thelma, 43, e a filha mais velha, de 17 anos, morreram envenenados pela mesma substância, no final de janeiro, segundo laudos do IML (Instituto Médico Legal) e do Adolfo Lutz.
Durante as investigações, a Polícia Civil localizou frascos da substância na casa da família. Segundo o delegado Cláudio Alvarenga, ao retirar o arsênico da farmácia, o médico disse aos funcionários que o produto estava vencido. A Vigilância Sanitária municipal --que deveria ter sido comunicada-- irá investigar.
Fuga
A sobrevivente está desaparecida desde o dia 21, quando foi vista no enterro da avó paterna, Josefina Carvalho, 85, que morreu vítima de um ataque cardíaco.
No quarto onde ela estava hospedada, na casa da outra avó, foi encontrada a fita de vídeo. Acreditava-se que ela teria seguido para a casa de um parente, em Jacuí (MG). Entretanto, a informação não foi confirmada.
Inicialmente, acreditava-se que um creme de chocolate feito pela filha mais nova, servido pelo pai e consumido pela família horas antes de apresentarem os primeiros sintomas era a fonte da contaminação. Porém, análises preliminares do IC (Instituto de Criminalística) não detectaram a presença de arsênico no alimento. A fonte da contaminação ainda é desconhecida.
Saúde
Em entrevista à Folha Online, o advogado da família afirmou que a adolescente pode sofrer "atrofiamento dos membros periféricos" caso não seja submetida a um tratamento com urgência.
Um laudo divulgado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) constatou que ainda há resquícios de arsênico no organismo dela.
O arsênico está presente na natureza, em doses mínimas, em alimentos como peixes, vegetais e cereais.
A literatura médica descreve casos fatais de intoxicação por arsênico após ingestão oral em doses estimadas iguais ou superiores a 2g, dependendo da reação de cada organismo e da concentração da substância.
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