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02/03/2005
-
09h43
ALENCAR IZIDORO
da Folha de S.Paulo
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu revogar a licitação do Metropass, cartão magnético da rede estadual de transporte coletivo que seria usado inicialmente no Metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e que era visto como um contraponto dos tucanos ao bilhete único adotado na gestão Marta Suplicy (PT).
A concorrência para a implantação do Metropass --que, numa segunda fase, seria estendido aos ônibus intermunicipais-- também previa a concessão à iniciativa privada, por 20 anos, das bilheterias do sistema sobre trilhos.
A assessoria de imprensa do Metrô, empresa responsável pela licitação, afirmou que a decisão foi tomada para que seja lançada uma nova proposta, baseada nas regras das PPPs (Parcerias Público-Privadas). Não há, entretanto, novas definições dos prazos. A concorrência, no valor de R$ 1,4 bilhão, chegou a ser suspensa pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) em dezembro de 2004, após denúncias de "impropriedades" feitas por prováveis participantes.
O governo Alckmin diz que isso não impedirá a integração com ônibus municipais neste ano. Na prática, a tecnologia do bilhete único deve ser adotada, ao menos inicialmente, no sistema sobre trilhos --algo que enfrentava resistência do PSDB na gestão Marta na Prefeitura de São Paulo, hoje nas mãos do tucano José Serra.
O projeto do Metropass era previsto pelo Estado desde 1998, mas não havia saído do papel até hoje e era apontado pela gestão do PSDB como um dos entraves para a integração do metrô e dos trens com os ônibus municipais na época da implantação do bilhete único, em maio de 2004.
Na ocasião, os governos Marta e Alckmin divergiam sobre quem bancaria custo de R$ 14 milhões para instalar catracas eletrônicas nas estações de metrô e trem para ler o cartão da prefeitura. Tucanos alegavam que não faria sentido investir os recursos às vésperas da adoção do Metropass, que faria esse trabalho. Petistas diziam já ter gasto no desenvolvimento da tecnologia do bilhete único.
Assessores de Serra afirmam que a nova decisão era inevitável para viabilizar a integração dos ônibus com a rede de trens e metrô ainda em 2005, conforme prometido. A gestão tucana anunciou a integração até dezembro, mas pressiona para sair até junho.
O TCE julgaria hoje uma possível anulação da licitação do Metropass. Uma comissão da Assembléia Legislativa presidida pelo deputado Simão Pedro (PT) já havia aprovado pedido dos metroviários para que a presidência do Metrô desse explicações sobre a proposta.
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Alckmin cancela "bilhete único" dos tucanos
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da Folha de S.Paulo
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu revogar a licitação do Metropass, cartão magnético da rede estadual de transporte coletivo que seria usado inicialmente no Metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e que era visto como um contraponto dos tucanos ao bilhete único adotado na gestão Marta Suplicy (PT).
A concorrência para a implantação do Metropass --que, numa segunda fase, seria estendido aos ônibus intermunicipais-- também previa a concessão à iniciativa privada, por 20 anos, das bilheterias do sistema sobre trilhos.
A assessoria de imprensa do Metrô, empresa responsável pela licitação, afirmou que a decisão foi tomada para que seja lançada uma nova proposta, baseada nas regras das PPPs (Parcerias Público-Privadas). Não há, entretanto, novas definições dos prazos. A concorrência, no valor de R$ 1,4 bilhão, chegou a ser suspensa pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) em dezembro de 2004, após denúncias de "impropriedades" feitas por prováveis participantes.
O governo Alckmin diz que isso não impedirá a integração com ônibus municipais neste ano. Na prática, a tecnologia do bilhete único deve ser adotada, ao menos inicialmente, no sistema sobre trilhos --algo que enfrentava resistência do PSDB na gestão Marta na Prefeitura de São Paulo, hoje nas mãos do tucano José Serra.
O projeto do Metropass era previsto pelo Estado desde 1998, mas não havia saído do papel até hoje e era apontado pela gestão do PSDB como um dos entraves para a integração do metrô e dos trens com os ônibus municipais na época da implantação do bilhete único, em maio de 2004.
Na ocasião, os governos Marta e Alckmin divergiam sobre quem bancaria custo de R$ 14 milhões para instalar catracas eletrônicas nas estações de metrô e trem para ler o cartão da prefeitura. Tucanos alegavam que não faria sentido investir os recursos às vésperas da adoção do Metropass, que faria esse trabalho. Petistas diziam já ter gasto no desenvolvimento da tecnologia do bilhete único.
Assessores de Serra afirmam que a nova decisão era inevitável para viabilizar a integração dos ônibus com a rede de trens e metrô ainda em 2005, conforme prometido. A gestão tucana anunciou a integração até dezembro, mas pressiona para sair até junho.
O TCE julgaria hoje uma possível anulação da licitação do Metropass. Uma comissão da Assembléia Legislativa presidida pelo deputado Simão Pedro (PT) já havia aprovado pedido dos metroviários para que a presidência do Metrô desse explicações sobre a proposta.
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