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02/03/2005
-
11h28
FELIPE NEVES
da Folha Online
Relatório anual da Jife (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes) publicado nesta terça-feira cobra que o governo brasileiro tome medidas para combater a venda ilícita de remédios. Segundo o estudo, o Brasil apresenta um consumo exagerado de moderadores de apetite e, desde 1998, teve um aumento de 500% no consumo de anoréxicos.
O relatório foi lançado no Brasil na terça-feira, em evento realizado no Palácio do Planalto com a participação do UNODC (Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime) e da Cebrid (Secretaria Nacional Antidrogas e do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas). Na ocasião, Elisaldo Carlini, que é diretor da Cebrid e membro titular da Jife, cobrou explicações do Ministério da Saúde e afirmou que "esse padrão de consumo é inadmissível e deve ser combatido".
A Jife esteve no Brasil em dezembro de 2003. A missão detectou áreas de preocupação em relação às atuais políticas antidrogas do governo brasileiro. E destacou a necessidade de o país enfrentar o problema do uso abusivo de remédios controlados.
No relatório, a Junta recomenda a análise cuidadosa sobre a emissão de receitas médicas e o lançamento de esforço nacional voltado para a educação dos profissionais da área médica e da população sobre o uso racional dessas substâncias.
A entidade ressaltou, ainda, a necessidade de o Brasil coordenar melhor as autoridades responsáveis pelo controle e regulamentação de produtos químicos, que são usados para a produção de drogas ilícitas, tais como cocaína, heroína e ecstasy. Com isso, o relatório cobra uma maior colaboração entre as forças policiais federais e estaduais no combate ao narcotráfico e mais investimento do governo federal, tanto no âmbito da repressão, como no da prevenção e do tratamento.
A Jife é um órgão de controle independente que monitora a implementação dos tratados internacionais de controle de drogas e trabalha em parceria com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC).
Tráfico na internet
A Junta também alertou para o crescimento substancial das vendas ilegais de medicamentos pela internet, em todo o mundo. Segundo o estudo, o comércio on-line inlcui substâncias com alto potencial de dependência química, como derivados de ópio, estimulantes (anfetaminas) e benzodiazepínicos (alprazolam e diazepam, por exemplo). Ou substâncias que podem até matar quando consumidas sem supervisão médica, como barbitúricos e opióides (fentanyl e secobarbital, por exemplo).
"Essas farmácias desrespeitam as convenções internacionais e as leis nacionais sobre controle de drogas, criando situações de risco para a saúde dos consumidores. Além disso, alimentam o mercado ilegal dessas substâncias e criam, na internet, um ambiente propício para a atuação das organização criminosas", afirmou Giovanni Quaglia, representante do UNODC para o Brasil e o Cone Sul.
Para combater a venda ilegal de remédios pela internet, a Junta recomenda que os governos dêem prioridade à questão em suas políticas nacionais antidrogas e trabalhem em parceria com a indústria farmacêutica e a comunidade médica.
A Jife solicita também a cooperação internacional e a troca de informações para enfrentar as farmácias on-line que operam ilegalmente na internet. A entidade propõe a criação de mais campanhas educativas sobre o tema voltadas para o público em geral.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes
Relatório aponta aumento do consumo de remédios ilegais no Brasil
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da Folha Online
Relatório anual da Jife (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes) publicado nesta terça-feira cobra que o governo brasileiro tome medidas para combater a venda ilícita de remédios. Segundo o estudo, o Brasil apresenta um consumo exagerado de moderadores de apetite e, desde 1998, teve um aumento de 500% no consumo de anoréxicos.
O relatório foi lançado no Brasil na terça-feira, em evento realizado no Palácio do Planalto com a participação do UNODC (Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime) e da Cebrid (Secretaria Nacional Antidrogas e do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas). Na ocasião, Elisaldo Carlini, que é diretor da Cebrid e membro titular da Jife, cobrou explicações do Ministério da Saúde e afirmou que "esse padrão de consumo é inadmissível e deve ser combatido".
A Jife esteve no Brasil em dezembro de 2003. A missão detectou áreas de preocupação em relação às atuais políticas antidrogas do governo brasileiro. E destacou a necessidade de o país enfrentar o problema do uso abusivo de remédios controlados.
No relatório, a Junta recomenda a análise cuidadosa sobre a emissão de receitas médicas e o lançamento de esforço nacional voltado para a educação dos profissionais da área médica e da população sobre o uso racional dessas substâncias.
A entidade ressaltou, ainda, a necessidade de o Brasil coordenar melhor as autoridades responsáveis pelo controle e regulamentação de produtos químicos, que são usados para a produção de drogas ilícitas, tais como cocaína, heroína e ecstasy. Com isso, o relatório cobra uma maior colaboração entre as forças policiais federais e estaduais no combate ao narcotráfico e mais investimento do governo federal, tanto no âmbito da repressão, como no da prevenção e do tratamento.
A Jife é um órgão de controle independente que monitora a implementação dos tratados internacionais de controle de drogas e trabalha em parceria com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC).
Tráfico na internet
A Junta também alertou para o crescimento substancial das vendas ilegais de medicamentos pela internet, em todo o mundo. Segundo o estudo, o comércio on-line inlcui substâncias com alto potencial de dependência química, como derivados de ópio, estimulantes (anfetaminas) e benzodiazepínicos (alprazolam e diazepam, por exemplo). Ou substâncias que podem até matar quando consumidas sem supervisão médica, como barbitúricos e opióides (fentanyl e secobarbital, por exemplo).
"Essas farmácias desrespeitam as convenções internacionais e as leis nacionais sobre controle de drogas, criando situações de risco para a saúde dos consumidores. Além disso, alimentam o mercado ilegal dessas substâncias e criam, na internet, um ambiente propício para a atuação das organização criminosas", afirmou Giovanni Quaglia, representante do UNODC para o Brasil e o Cone Sul.
Para combater a venda ilegal de remédios pela internet, a Junta recomenda que os governos dêem prioridade à questão em suas políticas nacionais antidrogas e trabalhem em parceria com a indústria farmacêutica e a comunidade médica.
A Jife solicita também a cooperação internacional e a troca de informações para enfrentar as farmácias on-line que operam ilegalmente na internet. A entidade propõe a criação de mais campanhas educativas sobre o tema voltadas para o público em geral.
Especial
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