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04/03/2005 - 22h00

Agricultores reivindicam ajuda governamental no combate à seca

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

Pequenos agricultores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina anunciaram que, na próxima semana, iniciarão uma série de manifestações pedindo gestos mais fortes por parte dos governos estadual e federal para o combate à estiagem.

Os agricultores da Via Campesina --organização que integra, entre outros movimentos, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens)-- disseram que haverá ''ações intensas''.

''Desta vez, permaneceremos acampados até que o governo atenda às reivindicações dos agricultores'', afirmou Antonio Caldart, líder da organização. Os governos federal e gaúcho iniciaram na quinta-feira um mutirão para enfrentar a estiagem que já deixou 404 municípios do Estado em situação de emergência e 50 racionando água.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, visitou, nesta sexta-feira, lavouras atingidas pela seca em Três Passos (463 km de Porto Alegre). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também deverá visitar as áreas afetadas.

O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, anunciou um conjunto de medidas e obras de infra-estrutura em Uruguaiana (634 km de Porto Alegre) e a liberação de R$ 13 milhões para combater a seca em todo o Estado.

O dinheiro será usado para perfuração de poços e obras de canalização, compra de 100 mil sacas de sementes de aveia para os criadores de gado leiteiro e a prorrogação dos financiamentos do Feaper (Fundo de Apoio a Pequenos Estabelecimentos Rurais) para depois de 2005.

Incêndios

O calor e a ausência de chuvas estão provocando um aumento sensível no número de incêndios no Rio Grande do Sul. Nos dois primeiros meses de 2005 tais ocorrências em áreas verdes tiveram acréscimo de 156% em relação ao mesmo período de 2004.

Os dados foram coletados pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos a partir de imagens de satélite. Houve 230 ocorrências em janeiro e fevereiro de 2004. No mesmo período deste ano, foram 590 ocorrências.

O município onde houve mais incêndios foi Uruguaiana: um total de 40 casos. Depois, Alegrete, com 35, e Piratini, com 30. O número pode ser maior, pois é possível que os satélites não tenham captado algo.

Segundo dados divulgados pelo governo gaúcho, a atual safra de milho será a menor desde 1991, quando o Estado colheu 2,46 milhões de toneladas. A produtividade média estimada para a cultura é de 1.583 quilos por hectare, projetando produção total de 2,03 milhões de toneladas.

Esses números indicam uma redução de 54,95% em relação às estimativas iniciais (3,516 quilos por hectare e 4,5 milhões de toneladas).

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