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05/03/2005 - 09h10

Ruas de São Paulo serão invadidas por vacas

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da Folha de S.Paulo

Um rebanho de 150 vacas feitas de fibra de vidro e estilizadas por artistas vai invadir pontos públicos estratégicos da cidade de São Paulo a partir do final de maio.

A mostra, que estará em pontos como a avenida Paulista e estações do Metrô, é a versão brasileira da CowParade (desfile de vaca), um evento que mistura intervenção urbana com publicidade e que já percorreu 24 cidades mundo afora, entre elas Nova York, Londres, Sydney e Tóquio.

Ontem foi possível ter uma amostra do impacto. A pedido da Folha, um protótipo das vacas, em isopor, foi posto no viaduto do Chá, centro de São Paulo, para avaliar as reações. "Posso montar nela para tirar uma foto?", perguntava um senhor banguela. "Que vontade de dar um chute", confessou um garoto a um amigo.

Medida de segurança

Para garantir a exibição aos paulistanos sem prejuízos ao trabalho, a versão paulistana terá medidas de segurança inéditas contra o vandalismo. Até agora, as vacas da iniciativa eram expostas em uma base de 50 kg. A plataforma utilizada em São Paulo será cinco vezes mais pesada, com 300 kg de concreto, em uma tentativa de evitar roubos e "seqüestros".

"Uma das nossas principais preocupações foi a segurança porque, infelizmente, o índice de vandalismo na cidade é muito alto", diz Ester Krivkin, publicitária e sócia da Toptrends, empresa que comprou os direitos da holding norte-americana CowParade para o Brasil.

A organização também colocará ronda motorizada para inspecionar as obras e, dependendo da localização, um vigia em tempo integral para evitar danos. "Não vamos deixar as vacas em locais onde não haja iluminação ou segurança adequadas. Vamos ter uma ronda e, em determinados locais, vamos ter de deixar uma pessoa para vigiar as vacas."

Segundo ela, é comum no mundo inteiro uma porcentagem das vacas ter algum dano. "Teremos um hospital para vacas danificadas. E isso [destruição dos bichos] traz até um pouco de repercussão ao evento. Acho que, em termos de vandalismo, a gente não deve ser tão pior que Nova York."

Os pontos de exposição serão divididos em circuitos, como o cultural/turístico (Teatro Municipal, Masp e Museu do Ipiranga), o da moda (rua Oscar Freire) e o vip (hotel Fasano), com um mapa com a localização das esculturas.

A curadoria da exposição escolheu 60 artistas para cuidar da aparência do animal. O secretário da Cultura de São Paulo, Emanoel Araújo, os cartunistas da Folha Angeli e Adão, o artista plástico Guto Lacaz, o estilista Lino Villaventura e o grafiteiro Rui Amaral são alguns convidados. O restante das vacas será pintado por artistas paulistanos que tiveram os trabalhos escolhidos pela organização. "A idéia foi privilegiar os artistas da cidade, mesmo porque temos a intenção de levar o evento para outros lugares do Brasil."

O fazendeiro com disposição para pagar poderá escolher artistas não selecionados. As 20 arrobas de cada vaca custam R$ 36 mil. Em troca, ganha espaço na placa de aço onde vão o nome do artista e da obra.

Segundo Krivkin, já foram vendidas ou estão em negociação avançada 80 vacas. Ela não revelou compradores.

As vacas serão leiloadas após a exposição, que deve durar dois meses. O valor arrecadado irá para a fundação Abrinq. Quatro esculturas serão doadas a museus.

Segunda invasão

Não é a primeira vez que as vacas chegam ao país. Em 2000, o consulado suíço trouxe 30 espécimes em branco que sobraram da mostra em Chicago.

Nelson Leirner, Regina Silveira e Sergio Romagnolo foram alguns escolhidos para cuidar do visual dos animais, expostos em local fechado.

Especial
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