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23/09/2000 - 15h18

Estudante esfaqueada na PUC diz que agressor estava mascarado

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FABIANE LEITE
da Folha Online

A estudante de História Ana Karine Garcia da Silva Araújo, 27, disse a sua irmã, a enfermeira Suelen Cecília Garcia, 34, que o homem que lhe esfaqueou ontem por voltas das 23h no banheiro da pizzaria da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Belo Horizonte estava mascarado.

"Ela não sabe quem ele é", afirmou Suelen em entrevista por telefone.

Segundo Suelen, sua irmã temia os ataques à mulheres que vêm acontecendo na cidade.

"Ana Karine sempre foi muito medrosa", disse a irmã.

Pelo menos dez mulheres foram encontradas mortas na cidade e outras cinco estão desaparecidas. Os casos são registrados desde fevereiro do ano passado. Os parentes das vítimas formaram a Associação dos Familiares e Amigos de Pessoas Desaparecidas em julho de 1999.

A irmã disse que Ana Karine não tinha namorado. Ela também disse não ter informação sobre ex-namorados da estudante.

Segundo Suelen, sua irmã levou cinco facadas _ no pescoço, ombro, abaixo do seios e duas nos braços. Ana Karine relatou que lutou contra o agressor. Segundo a estudante contou à irmã, o banheiro estava cheio e as pessoas teriam fugido quando o homem começou a atacá-la.

Ana Karine está internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Belo Horizonte. Segundo boletim médico do hospital, seu estado de saúde é estável. Ela teve de receber transfusão de sangue. A estudante foi sedada porque sentia muita dor.

Ana Karine está no último período de História na Universidade. Ela é proprietária de uma farmácia, estuda pela manhã e mora com o pai no bairro Betânia, na região oeste de Belo Horizonte. Ana Karine, além de Suelen, tem mais três irmãos.

Ontem, Ana Karine foi a uma festa na pizzaria da PUC, acompanhada de uma amiga. Quando chegou ao local, pediu à amiga que segurasse sua bolsa porque queria ir ao banheiro.

Em razão da demora de Ana Karine, sua amiga foi ao banheiro e lá soube que a estudante já tinha sido levada ao hospital.

Segundo a irmã, a família ainda não foi contatada pela polícia.

A reportagem buscou informações sobre o crime na Delegacia Seccional Oeste de Belo Horizonte, onde o caso está sendo investigado, mas foi informada que a equipe responsável pela apuração só estará no local na segunda-feira.


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