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14/03/2005 - 09h08

Presidente da SPTrans prevê fim de cobrador

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da Folha de S. Paulo

O presidente da SPTrans, Ulrich Hoffmann, acha que os cobradores estão ameaçados de extinção por causa da bilhetagem eletrônica implantada em São Paulo em 2004.

Ele critica o bilhete único, defende a cobrança de tarifas diferenciadas de acordo com o número de ônibus utilizados e afirma não haver expectativa de retomar obras do Fura-Fila ainda neste ano. Leia trechos da entrevista:

Fim dos cobradores

"A bilhetagem eletrônica tende a se expandir rapidamente. Porque tristemente ela tira os cobradores da história. Os validadores tristemente são mais baratos que os cobradores", afirma Hoffman.

Mas os cobradores estão sendo mantidos em São Paulo, diz a reportagem. "Não. Aos poucos já estão sem perspectiva. Para que eu vou manter os cobradores nos ônibus? Há os contratos, há a questão de a bilhetagem não ser 100%. Mas pense em perspectiva: você acha que essas empresas vão manter os cobradores ou não vão achar uma forma de entrar em acordo no sindicato para tira-los? Sejamos realistas." Ele compara a situação com a dos bancários.

"A curto prazo eles têm a defesa. Mas a médio e longo prazo essa bilhetagem eletrônica vai avançar porque ela é vista dentro da empresa como uma economia. Vai avançar como uma avalanche nos próximos anos. Eu diria que isso deveria ser considerado bom por nós. Vamos reduzir a jornada de trabalho. Vamos fazer curso de reciclagem, transformar cobradores em motoristas", afirma.

Bilhete único

"O sistema, como está montado, é ruim, porque cobra R$ 2 de quem toma três ônibus e de quem toma um. Se houver avanço na racionalização, será para fazer cobranças diferentes por trajetos diferenciados. Há cidades em que, se você anda duas estações de metrô, paga um valor. Se anda dez, paga outro. Essa idéia [de tarifas não-diferenciadas] é irracional."

Fura-Fila

"Estamos estudando as modificações para carregá-lo melhor, para que ele se transforme realmente num transportador de massas. Não há sentido em ficar vazio. A modificação vai aumentar um pouco a extensão", diz Hoffmann, sem detalhar mudanças. A obra será retomada por Serra ainda neste ano? "Há dificuldades orçamentárias de um lado e complexidades para definir as modificações e implantá-las. Mesmo que seguisse o projeto original, seria difícil."

Corredores

Hoffman diz que a expansão dos corredores de ônibus será priorizada pela atual gestão, assim como ocorreu no governo Marta Suplicy, mas se nega a revelar quais e a partir de quando, dizendo que "não quer criar expectativas". Ele cita apenas a avenida Celso Garcia (região centro-leste de São Paulo) como um dos alvos.

"Há uma restrição orçamentária grande. Estamos em fase de negociação da obtenção de recursos para fazer a manutenção e até novos corredores. Sabemos que não vai ser possível, por isso estamos tentando obter novas outras fontes. Por exemplo, operações urbanas."

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o bilhete único
  • Leia o que já foi publicado sobre a SPTrans
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