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16/03/2005
-
21h27
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
A Vara da Infância e da Juventude de Campinas (95 km de São Paulo) decidiu nesta quarta-feira que a menina de 15 anos --única sobrevivente do envenenamento por arsênico que matou a sua família-- ficará sob a guarda provisória de uma amiga chamada Rose, que é empresária e mora em Hortolândia (105 km de São Paulo).
A garota estava internada no Hospital Vera Cruz, em Campinas, onde foi submetida a uma desintoxicação e recebeu alta hospitalar pela manhã.
Morreram envenenados no dia 30 de janeiro o pai da garota, Hudson da Silva Carvalho, 46, e a mulher dele, Thelma Almeida Migueis, 43. A filha mais velha do casal, de 17 anos, morreu no dia seguinte.
Rose é mãe de um ex-namorado da garota morta. As famílias dos pais da adolescente também pleiteiam na Justiça a guarda dela. Um dos advogados dos familiares, Ademar José Antunes, informou que recorrerá da decisão no Tribunal de Justiça. As famílias do pai e da mãe se uniram para pedir a tutela em nome de um tio.
A Justiça decretou sigilo nas investigações há cerca de duas semanas, e o delegado responsável pelo caso foi afastado. A polícia considera que o pai da menina é um dos principais suspeitos, mas não descarta o envolvimento dos outros familiares.
Em depoimento dado à polícia na semana passada, a menina confirmou ter sofrido abuso sexual por parte do pai. Ela confirmou também ter apanhado dele diversas vezes. Uma mulher que trabalhou como doméstica por nove anos na casa da família e uma ex-mulher do médico homeopata confirmaram à polícia que ele era agressivo.
''Eu, pessoalmente, posso afirmar com toda a segurança que a adolescente é inocente. Foi uma decisão [a guarda provisória] sábia, justa e perfeita'', disse o advogado de Rose, Fernando Lauer, que preferiu não divulgar o nome completo da cliente.
Lauer disse que não pediu ao juiz a guarda da garota. A Folha apurou que foi a própria adolescente quem pediu para ficar com a amiga. A decisão teve o parecer favorável da Promotoria da Vara de Infância e da Juventude.
Antes de ser internada no hospital, a adolescente ficou 11 dias desaparecida após fugir da casa de familiares em Campinas. Ela foi localizada no último dia 4 em um hotel no Paraná.
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A Vara da Infância e da Juventude de Campinas (95 km de São Paulo) decidiu nesta quarta-feira que a menina de 15 anos --única sobrevivente do envenenamento por arsênico que matou a sua família-- ficará sob a guarda provisória de uma amiga chamada Rose, que é empresária e mora em Hortolândia (105 km de São Paulo).
A garota estava internada no Hospital Vera Cruz, em Campinas, onde foi submetida a uma desintoxicação e recebeu alta hospitalar pela manhã.
Morreram envenenados no dia 30 de janeiro o pai da garota, Hudson da Silva Carvalho, 46, e a mulher dele, Thelma Almeida Migueis, 43. A filha mais velha do casal, de 17 anos, morreu no dia seguinte.
Rose é mãe de um ex-namorado da garota morta. As famílias dos pais da adolescente também pleiteiam na Justiça a guarda dela. Um dos advogados dos familiares, Ademar José Antunes, informou que recorrerá da decisão no Tribunal de Justiça. As famílias do pai e da mãe se uniram para pedir a tutela em nome de um tio.
A Justiça decretou sigilo nas investigações há cerca de duas semanas, e o delegado responsável pelo caso foi afastado. A polícia considera que o pai da menina é um dos principais suspeitos, mas não descarta o envolvimento dos outros familiares.
Em depoimento dado à polícia na semana passada, a menina confirmou ter sofrido abuso sexual por parte do pai. Ela confirmou também ter apanhado dele diversas vezes. Uma mulher que trabalhou como doméstica por nove anos na casa da família e uma ex-mulher do médico homeopata confirmaram à polícia que ele era agressivo.
''Eu, pessoalmente, posso afirmar com toda a segurança que a adolescente é inocente. Foi uma decisão [a guarda provisória] sábia, justa e perfeita'', disse o advogado de Rose, Fernando Lauer, que preferiu não divulgar o nome completo da cliente.
Lauer disse que não pediu ao juiz a guarda da garota. A Folha apurou que foi a própria adolescente quem pediu para ficar com a amiga. A decisão teve o parecer favorável da Promotoria da Vara de Infância e da Juventude.
Antes de ser internada no hospital, a adolescente ficou 11 dias desaparecida após fugir da casa de familiares em Campinas. Ela foi localizada no último dia 4 em um hotel no Paraná.
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