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18/03/2005
-
01h10
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
Será lançada nesta sexta-feira, em Cruzeiro do Sul (AC), a Universidade da Floresta, cujo foco principal será a pesquisa e estudo da biodiversidade da região amazônica e manejo sustentável da floresta. O início das atividades está previsto já para o segundo semestre deste ano.
Hoje, deverá ser divulgada a data do vestibular. Serão oferecidas 120 vagas nos cursos de graduação em ecologia e manejo de recursos naturais, ciências da natureza e enfermagem, com ênfase no uso de plantas medicinais da floresta.
Na semana passada foi liberada pelo Ministério da Educação a contratação de 30 professores para a unidade.
O atual coordenador do campus da UFAC (Universidade Federal do Acre), em Cruzeiro do Sul, professor Anailton Guimarães Salgado, disse que o programa e a formatação dos cursos ainda não foi concluído. Segundo ele, a definição de quais cursos seriam oferecidos partiu de uma série de seminários ocorridos na cidade no ano passado.
"Além da qualificação dos profissionais, a Universidade da Floresta vai abrir o campo de trabalho já que atualmente há um aumento da demanda pelo uso da biodiversidade e do conceito de desenvolvimento sustentável da floresta", disse Salgado.
O deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), responsável pelo início das articulações para a instalação da universidade há dois anos, disse que já foram liberados R$ 1 milhão por meio de emendas da bancada acreana para a criação do Instituto da Biodiversidade e Manejo dos Recursos Naturais, que será responsável pela pesquisa acadêmica.
Segundo o deputado, o modelo de pesquisa científica que será adotado prevê a utilização dos conhecimentos tradicionais dos "doutores da floresta" --os seringueiros, índios e agricultores locais-- em parceria com o conhecimento científico da academia.
"Como se chegou ao conhecimento de que a secreção do sapo age no corpo, aumentando a auto-estima? Essa é uma prática centenária que será valorizada na Universidade da Floresta com o conhecimento acadêmico", disse Afonso.
Além da pesquisa e do ensino, estão previstas também como atividade de extensão da Universidade da Floresta a criação de uma rede de laboratórios para qualificação técnica das comunidades da região em diversas áreas do conhecimento. O projeto federal será feito em parceria com o governo do Estado e ainda não tem um orçamento definido.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a floresta amazônica
Acre lança Universidade da Floresta nesta sexta-feira
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da Agência Folha
Será lançada nesta sexta-feira, em Cruzeiro do Sul (AC), a Universidade da Floresta, cujo foco principal será a pesquisa e estudo da biodiversidade da região amazônica e manejo sustentável da floresta. O início das atividades está previsto já para o segundo semestre deste ano.
Hoje, deverá ser divulgada a data do vestibular. Serão oferecidas 120 vagas nos cursos de graduação em ecologia e manejo de recursos naturais, ciências da natureza e enfermagem, com ênfase no uso de plantas medicinais da floresta.
Na semana passada foi liberada pelo Ministério da Educação a contratação de 30 professores para a unidade.
O atual coordenador do campus da UFAC (Universidade Federal do Acre), em Cruzeiro do Sul, professor Anailton Guimarães Salgado, disse que o programa e a formatação dos cursos ainda não foi concluído. Segundo ele, a definição de quais cursos seriam oferecidos partiu de uma série de seminários ocorridos na cidade no ano passado.
"Além da qualificação dos profissionais, a Universidade da Floresta vai abrir o campo de trabalho já que atualmente há um aumento da demanda pelo uso da biodiversidade e do conceito de desenvolvimento sustentável da floresta", disse Salgado.
O deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), responsável pelo início das articulações para a instalação da universidade há dois anos, disse que já foram liberados R$ 1 milhão por meio de emendas da bancada acreana para a criação do Instituto da Biodiversidade e Manejo dos Recursos Naturais, que será responsável pela pesquisa acadêmica.
Segundo o deputado, o modelo de pesquisa científica que será adotado prevê a utilização dos conhecimentos tradicionais dos "doutores da floresta" --os seringueiros, índios e agricultores locais-- em parceria com o conhecimento científico da academia.
"Como se chegou ao conhecimento de que a secreção do sapo age no corpo, aumentando a auto-estima? Essa é uma prática centenária que será valorizada na Universidade da Floresta com o conhecimento acadêmico", disse Afonso.
Além da pesquisa e do ensino, estão previstas também como atividade de extensão da Universidade da Floresta a criação de uma rede de laboratórios para qualificação técnica das comunidades da região em diversas áreas do conhecimento. O projeto federal será feito em parceria com o governo do Estado e ainda não tem um orçamento definido.
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